APRESENTAÇÃO


Crônicas e poesias, inspirações de meu olhar sob o cotidiano, de autoria dos meus delírios confessos.

Meu olhar no reflexo da vida...

Boa leitura...

"Nada sou, senão passos nesta estrada da vida. Me banho no rio da vida, onde curo minhas intensas feridas. Eu canto a vida com muito encanto, sem medo do desencanto, eu vivo a vida e viver eu amo tanto... Sou um desencontro de acasos enganos."

"No compor do universo, sou apenas mais uma melodia, sou autoria de um compositor supremo... DEUS."

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quinta-feira, 17 de novembro de 2011

NOS PASSOS DE UM ETERNO MENINO...


NOS PASSOS DE UM ETERNO MENINO.

Eu quero a poesia da vida
Ser os versos de um poeta
Eu quero sangrar a minha ferida
Deixar a porta do coração aberta...


Dizer que preciso de abraços
Quero ainda compor um hino
Compor os passos...
De um eterno menino.



Eu sou o olhar
Na janela de um pobre coração
Eu sou a lágrima correndo para o mar...
Sou o vento frio, da minha solidão.



Quero aprender a sonhar...
Escrever lindas Canções...
Quero o reflexo de um olhar
As batidas de todos os corações.



Sorrir e chorar...
Correr por ai sem destino
Quero aprende a amar
Ser os passos de um eterno menino.
(Luciano G. Freitas)

É mais um dia, um dia daqueles que me pego olhando pela janela do quarto, hoje é um dia de vento frio, vento que me corta a pele e invade o meu coração. Talvez lá, o frio destes ventos da manhã que surge possam encontrar o calor necessário.
Hoje o meu olhar sangra o desejo das palavras de meu solitário coração, vou até o espelho e ainda tento ver se existe mesmo o reflexo do menino e as pegadas dos meus passos na estrada da vida.

Cada vez que eu choro e sofro a desilusão dos meus dias, eu gosto de pensar nos passos do menino que eu vi crescer e se perdeu nos caminhos adiante a infância que se foi um dia. Um dia quando eu cheguei a olhar por esta mesma janela, eu acreditei no sol que nascia no leste de minha emoção e clareava os sonhos de um menino, ao sol posto da infância.
Há dias que eu não escrevo, andei buscando a oração dos sábios como bem definiu um sábio escritor, tal oração esteve no meu silêncio destes dias vividos no tempo determinado de semanas. Hoje quando acordei, eu pensei nos leitores que tem lido os meus textos, escrever tem sido a realização de um sonho, alçar minhas voz e viajar mesmo que pelo surreal da internet até tantos lugares, queria mesmo viajar pelas emoções de tantos corações. E tenho certeza, de que quando falamos das estradas do coração, não há mesmo nenhuma nacionalidade ou diferença de povos, quando olhamos o coração, não somos nem brasileiros, nem argentinos, nem indianos ou holandeses, somos batidas e pulsações e temos as mesmas complexidades. Somos a nota de uma melodia que se chama Ser Humano.

Hoje quando pensei em escrever, eu queria exalar aos quatro cantos do mundo, o perfume de minha poesia e a poesia de meu olhar sob os delírios cotidianos dos passos de um menino, apenas um menino.
Houve dias em que acreditei que eu podia mudar o mundo e colocar o tijolo dos meus sonhos na construção de um mundo melhor, eu li as histórias de grandes homens que tentaram, e fizeram de suas histórias grandes mapas para realização de sonhos e o encontro com a felicidade. Morreram como todo simples mortal, mas continuam vivos os seus sonhos e o que ousou pulsar os seus corações.

Mas descobri que os mesmo que mataram tantos em nossas Guerras Mundiais, estão caminhando para uma Terceira Guerra, os mesmos erros e a mesma ganância. As ditaduras apenas se camuflaram, mas existem. Nós somos os nossos próprios ditadores, covardes com nossos sonhos, atados pela corrente de um mal que consome a nós mesmos. Já não basta morrer as pessoas, nós estamos morrendo onde deveríamos estar sempre vivos...
Por mais que a estrada da vida contenha diversos espinhos e algum cantor continue a cantar músicas tristes, quando eu penso nas pessoas que estão lendo os meus textos, eu penso que até mesmo uma lágrima pode irrigar um sorriso, que já não sou eu que sinto tão sozinho as adversidades e batalhas na estrada da vida, que já não estou tão só na jornada em busca da felicidade e do amor.
Eu tenho resistido à desesperança e a desilusão da vida, quando vejo que a cada manhã,  tornamo-nos tão desumanos, ao deixar de ouvir o canto dos pássaros e contemplar o dia que surge e o balanços dos ventos que balançam as folhas das árvores. Ao deixar de perceber que além de nossas coisas materiais e riquezas pessoais, há lindas e mais valiosas riquezas em nossos corações, onde somos a melodia de uma canção maior e única.

A vida se renova, outros meninos surgem deixando as pegadas de seus passos na existência. Todos nós sonhamos um dia, todos amaram, todos nós perdemos algo importante e pensamos que a vida acabou, todos um dia perguntam o porquê que as pessoas que amamos partem um dia, e porque crianças morrem. Tem de haver um sentido maior na estrada da vida, porque se a vida perde o sentido, da mesma forma que se perdermos o olhar de nosso coração, será mais triste que a morte das crianças. Porque enquanto temos coração, a miséria humana ainda nos comove e nos chorar, quando nos indignamos e nos comovemos e choramos a lágrima do próximo, é porque temos ainda um coração.

Neste dia que surge, deixo-me perder por turbilhões de incertezas e sentimentos, um frio me toma o corpo ao mesmo que a lágrima de um menino se joga nos seus próprios passos, e a mesma lágrima que grita a dor da desilusão da vida, é capaz regar a semente dos sonhos que movem e renovam nas pegadas na estrada. Todos nós temos os nossos caminhos, e tento acreditar que cada um tenha a sua missão divina. Mas me recuso em acreditar nos Dogmas de uma igreja que condenou tantos inocentes e no discurso do homem que deixou de ser a criança correndo para os jardins celestes.
Sim, eu me perco nas palavras da vida, e deixo tantas vezes de ser o eterno menino, e tantas vezes eu sou o Judas Traidor traindo todos os meus sonhos e o brilho do menino, que ao sol posto dos homens, perde o brilho da esperança.
Os sonhos existem para serem como mapas nos momentos de nosso desespero, são como ventos que conduzem o barco de nossas vidas por algum lugar, certo de que os sonhos nos levam aos mares da emoção onde talvez jamais tenhamos navegado. Sim, estes mares de nossos sentimentos mais secretos, onde nasce à paz e os contos de fada, sempre estiveram vivos dentro de nós, mas quase sempre, algum dia, quando nosso menino foi até a janela da humanidade, deixamos por algum raio do sol da vida, de perceber o canto dos pássaros e a assinatura do universo.
Eu sou o eterno menino que morreu um dia quando os sonhos que sonhei perderam a pureza e a simplicidade das batidas de meu coração, eu sangrei e chorei a partida do menino que ao longo dos passos na estrada, sim um dia cresceu. Hoje, quando eu tenho a ousadia de escrever meus delírios confessos e cotidianos, e penso nos leitores que estão lendo os meus textos, eu vejo o eterno menino reabrir os olhos da imaginação e renascer o olhar do coração.
O olhar do coração que se abre diante da janela acende o fogo da esperança e me faz criança, o perfume que exala as palavras de um poeta deseja que o reflexo de meu olhar nos diversos olhares possa reluzir sonhos, sorrisos, lágrimas e o amor entre as pessoas. E busco o mesmo reflexo de todos os olhares no meu olhar, quero mesmo é ouvir e ler também as palavras do silêncio de meus leitores. Quero tanto mais ouvir e sentir as vossas emoções.
Eu sou o eterno menino, e adiante de mim, os passos de um menino que tem a ousadia e valentia de sonhar, de ver nas asas da imaginação o oásis da criança em meio ao deserto da vida. Quero tanto amar quanto desejo ser amado. Eu não quero a cor, a raça, e nem a religião, eu quero o que nos faz ser humanos e nos fazem iguais, isto somente o olhar do coração e os passos de um menino que vive em mim e vive em todos nós, pode ver. 

"Eu quero a simplicidade de vossos olhares, chorar os vossos prantos, mas não quero ser Santo, eu preciso mesmo do vosso abraço e que alguém chore comigo nesta manhã. Eu preciso mesmo aprender o que é o amor e nunca desistir do que é sonho. Por favor, seja o raio de sol na janela do meu menino e não permita mais que ele morra na desilusão desta vida..."



Por Luciano Guimarães de Freitas

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