APRESENTAÇÃO


Crônicas e poesias, inspirações de meu olhar sob o cotidiano, de autoria dos meus delírios confessos.

Meu olhar no reflexo da vida...

Boa leitura...

"Nada sou, senão passos nesta estrada da vida. Me banho no rio da vida, onde curo minhas intensas feridas. Eu canto a vida com muito encanto, sem medo do desencanto, eu vivo a vida e viver eu amo tanto... Sou um desencontro de acasos enganos."

"No compor do universo, sou apenas mais uma melodia, sou autoria de um compositor supremo... DEUS."

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sexta-feira, 20 de setembro de 2013

UM RAIO DE SOL


UM RAIO DE SOL...

"Nos ventos que me acariciam a face, meu rico imaginário é capaz de sentir suas doces carícias. Na luz da manhã, meu amor se aquece na eterna luz do meu raio de sol... Você é luz para sempre em meu coração."

Basta-me sentar na varanda do apartamento, fechar os olhos e sentir os ventos acariciarem a minha face, para que o meu coração pulse nos ventos das lembranças. 

Os ventos docemente afagam a minha alma e as cicatrizes na face que são marcas do tempo que um dia se foi, e que eu, poeta de tantos sonhos, fico a contemplar a estrela d`alva na esperança da volta do que um dia foi-se nos algozes do destino, mas que certamente brilhará na eternidade da constelação de meus pensamentos para sempre.

Certo dia, como um jovem em busca de aventuras, tomei a direção de um baile numa vespertina tarde de sol. Era uma tarde de sol talvez comum, jovens embalados pelo som, dançavam a valsa da atração.

Porém, numa tarde que poderia ser incomum... Ela, ali estava vestida de rosa, blusa de renda preta com pequenos furos... Seus cabelos loiros valsavam no vento à medida que ela girava nos passes da dança.

Ela girava pelo salão de forma tão linda, atraindo o meu olhar sedento de dançar coladinho no calor de seu corpo. Sorria, piscava os olhos, tudo o quanto ela fazia brilhava e iluminava o meu coração e a todos naquele salão. Foi assim, a vendo reluzir uma rara beleza e um lindo sorriso tão meigo, que a chamei de “raio de sol”.

Dançamos toda uma tarde, até que fugimos para um recanto tão nosso e ali recebi o beijo mais doce, um abraço dela que era um abraço tão meu. Jamais poderei esquecer de minhas mãos correndo pelas pétalas daquele flor. Seu coração pulsava, e fazia pulsar o meu coração.

Anos se passaram, por tempos não vi novamente aquele raio de sol... Mas sua luz, jurei para mim, iluminará para sempre o meu coração.

Fomos jogados no tempo, numa distância, que me parece infinita... 

Nunca mais a vi. Dela, tenho sempre notícias. Sei apenas que está bem, que vive em outros braços, que não são os meus braços. Fico contente em saber que ela esta feliz, mesmo que não seja ao meu lado. Quando amamos alguém , não somos capaz de privar o nosso amor, de seguir seu caminho...

Assim, é que hoje, ao fechar os olhos, os ventos trouxeram lembranças do “meu raio de sol”, e do desejo sedento de que os ventos da vida a pudesse trazer de novo para mim. Mas sei que amá-la é aceitar a possibilidade que nunca mais a terei em meus braços, mas ser grato a vida por ser dela, admiração e carinho.

Pergunto-me diversas vezes, se deveria eu, ir à busca dela, por outras fico m punindo por minha covardia, sinto-me um covarde por não lutar por ela. Mas que faço, se ela tem o meu coração e eu dela tenho  a saudade eterna...

Queria poder dizer para ela, que um eterno menino, valsa sozinho no salão dos sonhos, á espera dela, mesmo que para uma última dança. 

Não sei ao certo, se o amor é loucura, mas eu seria feliz, mesmo que por mais um minuto, se mais uma vez a tivesse nos meus braços, correria minhas mãos com carinhos em seu coração, cantaria melodias para a sua alma, e escreveria para ela a poesia mais linda com versos escritos nas nuvens...

Se estes ventos, que cortam-me a face, trouxesse ela até mim, eu abriria os meus braços, e deixaria que os ventos carregassem-me também, certo, de que o nosso amor, sempre estará por ai, valsando nos ventos para toda a eternidade...

Quando rugem os canhões...
Não penses, não penses que seja uma guerra...
Sãos sim, os meus gritos, o meu clamor...
Que busca estremecer toda a terra...

Se eu grito, eu grito por amor...
Recito poemas, convocando as constelações...
Eu te chamo minha flor...
Nos acordes das minhas canções.

Não há neste mundo
Amor maior do que o meu...
Amor eterno e profundo...
Que para eternamente, será seu.

Eu me perco, em lágrimas da vida
Amanheço deitado na aurora
Deixo o orvalho curar as minhas feridas...
Volta para mim, não vai embora...

Sei que descansas em outros braços
Mas tudo que somos, é um laço
Que não se desfaz...
Só, em nosso beijo e nosso encontro, é que
Juntos, encontramos paz.

Meu coração, por ti é confesso
Enquanto, minha noite é fria...
Enquanto para ti componho versos...
Minha cama, continua vazia...
Meu amor, por fim, eu te peço:
Volta para mim um dia.

Sou o menino, eterno poeta
Na esquina da vida, esperando você passar...
Para você, meu coração sempre de porta aberta
E eu, sempre sedento de te amar...


Por Luciano Guimarães de Freitas
Poeta.



Vila Velha, ES – 20 de setembro de 2013.