APRESENTAÇÃO


Crônicas e poesias, inspirações de meu olhar sob o cotidiano, de autoria dos meus delírios confessos.

Meu olhar no reflexo da vida...

Boa leitura...

"Nada sou, senão passos nesta estrada da vida. Me banho no rio da vida, onde curo minhas intensas feridas. Eu canto a vida com muito encanto, sem medo do desencanto, eu vivo a vida e viver eu amo tanto... Sou um desencontro de acasos enganos."

"No compor do universo, sou apenas mais uma melodia, sou autoria de um compositor supremo... DEUS."

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sábado, 29 de outubro de 2011

Delírios do Cotidiano: O VERDADEIRO AMOR.

Delírios do Cotidiano: O VERDADEIRO AMOR.: O VERDADEIRO AMOR. "Minhas palavras ou delírios, não são a leitura do julgamento, jamais aceitarei a idéia de que este texto venha ser um...

O VERDADEIRO AMOR.



O VERDADEIRO AMOR.

"Minhas palavras ou delírios, não são a leitura do julgamento, jamais aceitarei a idéia de que este texto venha ser uma doutrina a ser seguida. Estas palavras são os acordes da melodia de minha inspiração nesta noite de silêncio. Quando eu vou até a varanda, e deixo de olhar para o céu e permito-me olhar para dentro de mim. Quando clamo a luz do Criador para iluminar o meu coração onde nasce meus sonhos, onde a obra de minha poesia e textos e tal como um rio corre para o mar. O mar é o branco do papel.
Eu sou um olhar que busca o reflexo de outros olhares, mas não sou Juiz da Existência e nem tão pouco um liderado das Doutrinas. Eu sou o poeta, que nesta noite, ousou gritar e clamar pelo verdadeiro amor. Hoje, diante da minha perspectiva, meu grito são estas palavras que ecoam de meu silêncio."


É noite, uma noite de silêncio quando até mesmo o canto das cigarras se silencia e nenhum canto ecoa... A única canção que caminha no acorde da melodia desta vida, neste momento insano, é a canção de meu olhar que reflete as palavras de meu coração.

Hoje, meu coração canta o meu amor pela vida que morre aos poucos e a ressurreição da mesma vida que morre no reflexo de meu olhar, ela morre no desamor do homem e renasce onde um Deus único e verdadeiro me faz vivo e lúcido, ao ponto de ver e sentir o verdadeiro amor. Ao ponto de ver que sou tão pequeno diante das belas paisagens que ele criou, e mesmo assim ele tem me amado na mesma intensidade de seu verdadeiro amor.

Não é uma questão de credo ou religião, não é o deus do qual me falaram os homens. É o Deus que existe no vento da existência, e ecoa no canto de meu espírito, onde nasce o amor.

O vazio que existe, é talvez a distância que nos encontramos de Deus, presos no olhar cego de nossas crenças, nossas crenças são mais descrentes que nosso profano julgo diante do pecado. Nossa igreja passou a ser mantos e símbolos, mercados de nossa ignorância. O verdadeiro templo de Deus está no mesmo lugar onde ele nos concede a luz do verdadeiro amor, dentro de nossos corações.

Nós amamos mais a arte do que o pintor, mais a criação do que o criador e nos perdemos nos caminhos de nossos desejos e deixamos de perceber o amor que nos move e nos faz cantar a canção da vida a cada manhã.

Perdemos a capacidade de contemplar o desabrochar das pétalas de uma linda rosa, e ficamos presos aos buquês de flores tão artificiais. Abrimos os olhos toda manhã, respiramos o ar e olhamos as mesmas verdes árvores. Mas deixamos de sentir e amar a vida e passamos a não mais viver pelo amor. Deixamos de ver o mover das folhas e de sentir as brisas que tocam o nosso coração.

O amor é o maior presente do Criador e a palavra de Deus, o amor verdadeiro é o fio de linho que nos liga um ao outro, tal como uma teia invisível que nos une. Nós somos os predadores desta teia quando deixamos de perceber o sentido da criação, que é o amor entre os seres humanos. O verdadeiro amor é o que une a criação ao Criador.

Perdemo-nos ao longo da história, deixamos de contemplar o véu além das estrelas do céu e da constelação da vida, tudo tem um sentido de ser e cada voz desta lindas paisagens canta o amor verdadeiro. As paisagens que Deus criou são pinturas do maior Pintor da Existência, mas tão poucos conseguem enxergar a maior pintura e a mais linda paisagem criada por Deus... Estou certo de que a paisagem mais linda e perfeita que Deus criou não está na imensidão das constelações e nem no azul no mar, a mais bela paisagem não está nas oitavas maravilhas diante de nosso olhar. A mais linda paisagem, a divina pintura do Pintor da Existência está dentro de nós, onde nasce o amor.

Um sábio recitou que o amor é um crime que não se pode cometer sem cúmplice. Mas o amor vai além do julgamento, não é uma lei ou uma imposição, amar não é exigir a reciprocidade de um desejo, da mesma forma que o amor vai além do encontro de dois corpos, o amor maior esta no laço que une o despertar de uma multidão de olhares que se abrem a cada manhã no respirar de nosso corpo físico.

O amor vai além da surrealidade dos poetas, ele surge na pureza do olhar de uma criança e se enlaça no encontro de nossos corações.

No olhar de uma criança, porque o olhar de uma criança tem a pureza e a simplicidade da vida no abraço sem medo da cor ou raça, no correr para algum braço sem desejar dominar ou ser dominado, mas pelo simples fato de poder se abraçar. A criança é a expressão mais próxima do amor de Deus, ser criança é algo talvez incompreensível ao homem do Século XXI e aos Papas do Império, aos autodenominas Ministros do Evangelho. Salvo a generalização, são eles os que se vendem o coração pelo preço do Poder, são tal como os reis que adoram os seus tronos.

A palavra de Deus não está nas doutrinas que deturpam e destorcem a beleza da maior pintura que Deus pintou. Não está nos julgamentos da insanidade humana e nem mesmo nos altares de ouro e nos brasões do império ou dos mantos.

A palavra de Deus, o amor, está no elo de misericórdia que une olhar que vê a simplicidade da vida, está entre o meu olhar e os seus olhares, entre o vento que nos corta os corpos e afaga o espírito... O amor é a condição espiritual que nos une um ao outro e nos leva ao Criador.

Meu pedido ao maior pintor e autor da vida, é para eu possa aprender amar... Que eu possa ser um fio condutor do dom de amar.

Que possa aprender a sonhar o sonho da Criação, e que nesta estrada da vida, os meus passos e meus caminhos encontre a fonte do verdadeiro amor. Que o amor seja tal como o orvalho e eu seja os verdes pastos, possamos nos molhar do verdadeiro amor e sentir o teu suave carinho na folhas verdades de nossas vidas.

Obrigado ao Criador e Autor Supremo do Espetáculo da Vida, por nesta noite que eu caminho por meus delírios insanos e grito alto a dor de ser mais um cego diante do manto dos homens, por nesta noite ouvir o canto de seu amor. Agradeço por estas simples palavras que nascem em meu coração nesta noite, por me fazer acreditar que há além de nossa insanidade, a lucidez de um verdadeiro amor, um amor que nos faz abrir os olhos cada manhã, que nos concede o canto dos pássaros, o olhar da criança e o orvalho sobre os verdes pastos...

Obrigado!

Por Luciano Guimarães de Freitas

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Delírios do Cotidiano: DELÍRIOS INSANOS...

Delírios do Cotidiano: DELÍRIOS INSANOS...: Hoje, é uma daquelas noites, em que eu não sei mesmo o que escrever... Eu busco e encontro tantos pensamentos, ao mesmo que, eu me perco e...

DELÍRIOS INSANOS...



Hoje, é uma daquelas noites, em que eu não sei mesmo o que escrever... Eu busco e encontro tantos pensamentos, ao mesmo que, eu me perco entre todos eles...

Eu ouvi a loucura da vida, e aceitei as teses da evolução, mas cada vez que me evoluo, eu penso que estou em regressão... Pois a evolução é a revolução de mim mesmo, e destruição do que eu acreditei um dia que fosse a criação de um mundo melhor...

É como os sonhos que sonhei que se foram pela ilusão da vida, e a solidão de meus sonhos quando eu mesmo um dia deixei de acreditar que era possível sonhá-los.

Esta noite é assim, tão confusa quanto o meu texto, tão difusa quanto a minha vontade de sair correndo, mesmo que sem direção... Apesar disso, eu ainda acredito que nada é por acaso, e o acaso sempre nos leva a um lugar... E somos guiados por uma força maior que nos levou a nos encontrar e ter um bom papo, e me deixou no banco de qualquer praça a ver passar os olhares e as janelas de muitos corações e pulsações, talvez inúmeros desejos de gritos de liberdade, talvez as muitas picardias de um jovem coração, que se prostituiu na insanidade de que um dia fomos seres humanos.

Ás vezes este acaso me leva a uma praça, são diversos olhares, todo mundo  transa mas não se entrega... Tudo é tão programado pelo prazer apenas de se "comer"... A maioria apenas passa dentro da estética da programação do computador do capitalismo e a certeza de que temos que continuar caminhando, pois os nossos passos fazem o mundo girar... E mesmo ali, ainda consigo ouvir as batidas de nossos corações, sufocados pela pior solidão, a solidão de estar sozinho em meio a tantos outros corações e tantas outras pessoas, de se sentir sozinho em meio à multidão. Na verdade, todos nós gritamos bem alto, mas nem mesmo nos ouvimos mais.

Eu grito, mas ninguém escuta. Eu deito na calçada da vida, e as pessoas passam até mesmo por cima de mim. Eu estendo o abraço e não recebo abraço, eu quero ser beijado, mas já nem mesmo beijo.

Enfim, o meu acaso, me traz para a varanda de onde estou agora... Para contemplar a noite, queria as estrelas, mas daqui, tanta luz pela cidade, que já nem mesmo consigo vê-las... Então bate uma saudade de estar distante da civilização, no meio do mato, no cheiro do mato, deitado sobre a relva contando as estrelas, esperando o cometa da esperança passar para que eu possa tal como o Pequeno Príncipe, voar nas asas deste cometa e realizar os meus sonhos.

Os meus sonhos, eles se perderam juntamente com a infância que os passos nesta vida deixaram nas vírgulas da história de minha vida. Foram lágrimas e sorrisos que se desfizeram a cada partida, a cada vez que eu quis um abraço e me prendi no laço da despedida. Outras tantas vezes, nem sei de que me despedi, mas senti a dor de perder tudo e até mesmo me perder.

Caminhar sem direção, sonhar os sonhos de outros olhares, e ver o mundo por outras janelas que não fossem apenas as janelas de meu coração. Chorar outras lágrimas que não fosse apenas as lágrimas que marcam o meu rosto.

Tudo se resume em querer amar para ser amado, em não ser apenas mais um, e compor a soma de três. Tudo se resume, em ter alguém para também chorar as minhas lágrimas ou ao menos ouvir o meu grito desesperado para que a infância um dia volte, e as estrelas voltem a brilhar no céu de minha emoção.
Está tão escuro, quanto esta noite. Quando se finda à tarde, e cai à noite, com seu véu enegrecido, e sem o manto das estrelas de minha esperança.

Tão logo, finda a tarde... E meu coração bate aflito, como se fosse uma última tarde e fosse um último anoitecer. Como se o amanhã não fosse surgir, no anunciar da aurora, e não houvesse mais novos dias, para que eu pudesse recomeçar a caminhada por esta longa estrada do que chamamos vida.

Um sábio disse que somos crianças brincando no teatro da existência. Já faz muito tempo... Eu deixei de brincar e desaprendi como é ser uma criança... Como é ter a esperança e a pureza de jogar as estrelinhas do mar nas ondas do coração, e esperar as ondas da vida, trazerem de volta as estrelinhas, para então recomeçar e jogar de novo dentro do mar...

Eu sigo na insanidade, de um delírio cotidiano, que se fez poesia no meu grito, que fez obsessão no desejo de ser criança, e não ter evoluído...

Tão logo já finda à tarde
E cai a cortina negra da noite, tão coberta de brilho...
No meu peito, a solidão arde
Sigo o brilho destas estrelas, que iluminam meus trilhos...

Sou tal, como um lobo que sai pela escuridão
E as noites findas...  De meus delírios incessantes
Meus gritos, na batidas de meu coração
Eu, de joelhos aos pés da estrela d’alva mui radiante...

Estrela mãe dos poetas... Que brilha forte,
no findar da madrugada...
Meu gemido pela morte
Que morro aos poucos, nesta longa estrada.

Longa estrada da vida
Que me devora o coração
Que desfere minhas feridas
Que cala a melodia de minha canção.

Sou tal, como o olhar cerrado
A boca que não mais fala
Sou o gemido , agora calado
Sou o sofá, sozinho na sala...

E morro aos poucos... A cada findar de tarde...
O no meu peito... já não sonha
E nem mais arde...

Tal morte, que me devora
Rasga-me o peito, fere-me o coração
Devasta-me ao anunciar da aurora
Quando queimo no fogo da ilusão...

Tal como louco, pela estrada eu corro
Como um louco insano...
A cada passo, eu morro, morro
Morro no desengano...

Desengano...

Eu pensei que podíamos realizar
O sonho profano da felicidade...
Acreditei no amor de algum olhar
Por alguém, eu senti até saudade.

Eu acreditei nas batidas do coração
Me perdi nos caminhos da alma
Eu  não tive no desejo de amor, nem mesmo a solidão
Por onde andas, estrela da esperança, Estrela D'alva...

"Sou tal como a criança, que aos primeiros passos, tem o medo de levantar, ferida pela dor e desesperada por um braço amigo... Mas que ao lugar do leite da madre, recebe o calor do deserto... E os espinhos de uma solidão profunda... Sou tal, como delírios insanos, da poesia que me corrói e grita sangrando em meu peito..."

 Por Luciano Guimarães de Freitas

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

DOIS CAMINHOS...


DOIS CAMINHOS.

As palavras que não disse
Ardem no meu peito
Se escondem no recôndido de minha solidão
Meu corpo sangra, mas alma vive
A vida morre aos poucos, mas o coração ainda bate.

Você foi a virgem que esperei
Eu fui teu homem primeiro
Aindas és o sonho que sonhei
Mas não serei mais teu último HOMEM.

Nossos túmulos serão separados
Nossa cova, distantes
Nosso mundos, dois lados
Dois imensos acasos instantes.

Nosso amor
É como o óbvio de "Nelson Rodrigues"
Nosso amor, único
E duas distintas cruzes...
E o óbvio: duas pontas de  nosso nariz.

Bocas que nunca mais se beijam
E amor, que nunca mais se ama...
Corpos que já não mais se entregam.

Nosso corpo entrelaçado
por nossas pernas...
São corpos sozinhos
São saudades eternas,
carinhos e espinhos...

Nosso amor é um passo
Duas pontas de um laço
E uma encruzilhada de caminhos...
VAI-TE EM PAZ...

Por Luciano Guimarães de Freitas

terça-feira, 18 de outubro de 2011

AQUELE OLHAR...




AQUELE OLHAR...

"Encontros inesperados, costumam nos trazer pessoas especiais." 
(para RFB).


Poderia ter sido mais um dia comum, na correria desta odisséia que me é a vida, estava eu indo para o trabalho, era um dia em que o meu roteiro era algo tão esperado, iria viajar para algumas cidades do interior do Estado do Espírito Santo, buscando novos clientes e novas vendas. Venda é algo complicado, toda a pressão para se obter metas, uma palavra pode mudar os rumos da venda, podemos ter uma boa venda ou perder toda a venda, por conta de uma palavra apenas... Na verdade a palavra é algo tão importante, ela é capaz de nos expressar, ela pode mudar o rumo de uma história. Tão embora, o silêncio ou mesmo um olhar, podem nos dizer mais que mil palavras. Por hoje, palavra se define como algo escrito, mas há palavras ditas no silêncio, no branco do papel, no brilho de um lindo olhar, há palavras que nem mesmo nosso coração é capaz de confessarem, mas elas estão lá, no mais íntimo de nossa alma.

Antes de ir para a Rodoviária, eu teria que passar em uma Empresa, entregaria um currículo, era o sonho de parar de viajar, e ter um destino certo, um trabalho sentado em um escritório, ar condicionado, enfim, não era mesmo o que eu queria, mas fui entregar o tal currículo que segundo eles, é capaz de falar e dizer se “eu” serei um bom funcionário.

Mas de repente, naquela odisséia, de um dia que poderia ser comum, surgiu aquele olhar... Confesso, era um olhar raro, capaz de iluminar todo aquele dia. Um olhar de uma linda mulher, uma canção de mulher. Simples e bela, pura, com a personalidade de uma flor e o brilho de uma estrela.

O olhar, olhar é a janela do coração e a luz da alma. Diz mais que mil palavras, é fonte de esperança e de sonhos. Mas não era apenas um olhar... Havia todo um compor de uma linda canção, era uma linda mulher, capaz de fazer um nobre poeta sonhar os sonhos mais intensos que já sonhou.

Eu senti todo um calafrio, uma vontade de ouvir a voz dela, mas a timidez me continha a apenas olhar, me deleitar com aquele olhar a distância.

Sem perceber, ela já havia mudado o meu dia, havia dado um tom de cores lindas ao preto e branco de meus passos na odisséia de um dia que era tão comum, senão fosse à presença dela.

Encorajei-me, e fui até ela, poderia dizer um “olá, boa tarde, bonito o teu olhar”... Mas as palavras se perderam nos caminhos entre o meu coração e os meus lábios, eu fiquei no silêncio de minha covardia. Enfim, perguntei a ela onde era o ponto que eu deveria desembarcar, como se eu não soubesse o endereço ou não conhecesse a Av. Nossa Senhora da Penha, como a Palma de minha Mão... Mas ainda tive a ousadia, de dizer que o dia era um dia lindo, que eu amava conhecer as pessoas e fazer amizade, e lhe passei o endereço de meu MSN... Já concluso de que ela nem mesmo se lembraria.

Desci do ônibus sentindo-me traído por mim mesmo, eu não só havia traído meu coração poeta, como tudo o que eu acredito. O endereço do meu MSN... Era a pior forma que eu havia encontrado possivelmente, conhecer as pessoas pelo MSN é algo que tenho evitado desde que me entendo por poeta... Pois pelo MSN eu não iria poder contemplar aquele olhar, as palavras sem aquele olhar seriam tão vazias e sem melodia. Eu poderia ao menos ter pedido gentilmente o número do telefone dela, daí poderia ouvir a sua voz, poderia ter dito, que unicamente em toda a minha vida, alguém sem mesmo que eu conhecesse, com um único olhar, havia feito as batidas de meu coração pulsarem no compasso de delírios tão  intensos e viajarem pelo desejo ardente, como um poeta que encontra na solidão um diálogo com a vida. Sim, ela sem saber, invadiu-me o coração e inspirou-me lindos sonhos. Abrasou-me a solidão de minha vida, sem ao menos pedir permissão.  O dia se seguiu, e desde então, tenho me perguntado, se algum dia eu verei aquele olhar novamente...

Queria eu poder encontrar aquele olhar, queria eu pode enxugar as lágrimas que chorará um dia, ou mesmo sentir o calor de sua luz outras tantas vezes. Eu daria toda a minha obra e poesia, pela presença constante daquele olhar, para pode ler todas as palavras, sonetos e poemas daquele olhar. Queria eu ter aquela linda canção de mulher, nos acordes de minhas noites, me banharia no suor dela, tomaria do néctar de seus lábios, e teria as mãos dela presas em minhas costas. O corpo dela junto ao meu, poderia sentir o coração dela bater e buscar no compasso de suas batidas um diálogo com o meu coração poeta. Sim, aquela linda mulher, sem saber, com o seu olhar, se tornou fonte destes meus delírios cotidianos...

Hoje, eu ouvi uma frase, que resume o encontro de um nobre poeta com um lindo olhar e uma linda canção de mulher.

“Encontros inesperados, costumam nos trazer pessoas especiais...”

Ah, se ela pudesse ouvir o canto de meus sonhos, e as batidas de meu coração poeta... Aquele olhar viria como uma estrela a iluminar minha noite. Eu, poeta que sou, tal como um lobo, uivo noite afora, a espera que ela seja o luar que desejo incessantemente...
Encontros inesperados nos trazem sempre, pessoas especiais...

Por Luciano Guimarães de Freitas