APRESENTAÇÃO


Crônicas e poesias, inspirações de meu olhar sob o cotidiano, de autoria dos meus delírios confessos.

Meu olhar no reflexo da vida...

Boa leitura...

"Nada sou, senão passos nesta estrada da vida. Me banho no rio da vida, onde curo minhas intensas feridas. Eu canto a vida com muito encanto, sem medo do desencanto, eu vivo a vida e viver eu amo tanto... Sou um desencontro de acasos enganos."

"No compor do universo, sou apenas mais uma melodia, sou autoria de um compositor supremo... DEUS."

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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Delírios do Cotidiano: QUERO SER LOUCO.

Delírios do Cotidiano: QUERO SER LOUCO.: QUERO SER LOUCO. Eu me encontro aqui pensando na vida, assistindo depoimentos de pessoas que foram tão guerreiras nesta vida quanto eu ten...

Delírios do Cotidiano: QUERO SER LOUCO.

Delírios do Cotidiano: QUERO SER LOUCO.: QUERO SER LOUCO. Eu me encontro aqui pensando na vida, assistindo depoimentos de pessoas que foram tão guerreiras nesta vida quanto eu ten...

QUERO SER LOUCO.


QUERO SER LOUCO.

Eu me encontro aqui pensando na vida, assistindo depoimentos de pessoas que foram tão guerreiras nesta vida quanto eu tenho sido um caminhante nesta estrada de flores e espinhos.

Andei por desertos da vida em busca de oásis, chorei as lágrimas de um jovem em busca de seus sonhos, lutando contra seus medos e frustrações, nesta estrada eu vi pessoas que amei partir e deixar o vazio infinito do calor da companhia de pessoas que foram à inspiração da mais linda melodia na canção da vida.

Quantas vezes eu me senti tão só, cortado pela lâmina da dor e sofrendo o desespero de ainda ser uma criança e não saber muito o sentido das coisas e dos caminhos diante dos passos de um eterno menino. Outras tantas, a solidão foi a oração de minha alma que em silêncio recitava a poesia de meu coração poeta.

Eu nunca falei de flores, mas sempre desejei ser um jardineiro no jardim da existência, cuidando das flores que exalam o amor e a paz, o sonho de um mundo melhor para se viver.

A vida tem sido um aprendizado constante, eu tenho crescido e visto o mundo girar e vejo a estrada dos dias passarem diante de meus passos. Tenho aprendido a recomeçar, e muitas vezes eu tenho recomeçado tudo do zero.

Eu fui o menino construindo um castelo de areia na praia, quando a vida foi o homem destrutivo e insensível passando por cima e destruindo os castelos de areia de meus sonhos.

Eu me pergunto o porquê que as pessoas que amamos partem um dia e nos deixam tão a mercê da palavra amiga e da mão que acaricia o rosto e enxuga as lágrimas. Eu olho para os caminhos da minha infância, e sinto vontade de retornar, e não ter aprendido sobre a loucura insana da vida. Hoje queria ser um louco e não ter a realidade do mundo.

Eu quero ser louco
E viver sorrindo
Quero saber da vida, muito pouco
E viver partindo.



Quero partir para qualquer lugar
Ir andando pela rua
Quero morar no horizonte além do mar
Viver no mundo da lua.

(Não pensar na casa que fica...
E Na porta que fecha...
No cachorro que late
E nem na televisão que exibe ilusões...)

Se levar, levo apenas o perfume dos lírios
E as poesias de meus versos
Levo a intensidade de meus delírios
E meu desejo insano e confesso.

Não ser parte desta sociedade de animais
Viver mais pelo coração
Não ser a divisão destas classes sociais
E não ser a hipocrisia da nossa ilusão.

Quero partir para qualquer lugar
Ser sempre uma eterna criança
Ter um intenso brilho no olhar
E nunca perder a esperança.

Eu quero demais esta loucura
De viver andando pela lua
Andar sem armadura
E tocar minha pele nua.

Não ter medo de chorar
Ter estradas para correr
E poder cantarolar
A insana e lúcida doçura de viver.

Por Luciano Guimarães de Freitas
Poeta, Cineclubista.

MSN: lgf_poeta@hotmail.com
E-mail: lucianoprodcultural@gmail.com

sábado, 24 de dezembro de 2011

Delírios do Cotidiano: O MEU NATAL.

Delírios do Cotidiano: O MEU NATAL.: O MEU NATAL... Tão logo nos chega uma das datas mais comemoradas do ano, a Noite de Natal. São corais, festas e reuniões de família e um...

Delírios do Cotidiano: O MEU NATAL.

Delírios do Cotidiano: O MEU NATAL.: O MEU NATAL... Tão logo nos chega uma das datas mais comemoradas do ano, a Noite de Natal. São corais, festas e reuniões de família e um...

Delírios do Cotidiano: O MEU NATAL.

Delírios do Cotidiano: O MEU NATAL.: O MEU NATAL... Tão logo nos chega uma das datas mais comemoradas do ano, a Noite de Natal. São corais, festas e reuniões de família e um...

Delírios do Cotidiano: O MEU NATAL.

Delírios do Cotidiano: O MEU NATAL.: O MEU NATAL... Tão logo nos chega uma das datas mais comemoradas do ano, a Noite de Natal. São corais, festas e reuniões de família e um...

O MEU NATAL.


O MEU NATAL...

Tão logo nos chega uma das datas mais comemoradas do ano, a Noite de Natal. São corais, festas e reuniões de família e um dos momentos mais esperados pela criançada, os presentes. Eu tento por aqui, sentado na varanda, escrever algo que expresse meu sentimento sobre o Natal e convidar os leitores através de minhas palavras e do olhar de meu cotidiano à caminharem por um Natal diferente.

Por incrível que pareça quando chega o Natal eu me divido entre a alegria e a tristeza, eu percebo que nós fomos alienados dentro de uma sociedade de consumo, e é nisto que o Natal se tornou, a data dos presentes, quem não pode comprar o presente ou mesmo quem não ganha é ferido pelo sistema e auto se julga infeliz.
Antes de continuar, confesso que faz dias que venho pensando neste Texto de Natal, isto porque, sei que inúmeros outros já trataram deste tema do Natal quanto aos seus valores.
Quando permito-me libertar e vou contra o conceito de consumo e dos presentes, eu penso nas tantas crianças que esperam o presente no Natal, mas que pela injustiça social do sistema, a cada noite de Natal é um corte da lâmina da vida nos sonhos e na esperança. Até que ao passar dos anos um dia talvez já tenham aceitado a realidade e perdido a perspectiva da vida.

Como posso me sentir feliz, se tantos outros não se sentem, se nem toda mesa tem uma ceia, um panetone, ou mesmo além dos presentes nem todos possuem uma árvore de natal. Não é só o brilho dos pisca-piscas que já não existe em muitos lares, mas aquela árvore de natal que está no recanto do coração, talvez ao longo dos anos e das batalhas desta vida, sim, também não esteja tão enfeitada.

Conta a história de que nesta mesma data em que comemoramos o Natal, nasceu um menino chamado Jesus, que viveu a vida plena do amor ao próximo, e morreu para salvar a humanidade. Este sentido do amor é o sentido maior do Natal.

Então, queria tornar este texto mais pessoal, e utilizar alguns momentos marcantes de minha vida para retratar como o Natal para mim sempre foi o sinônimo de amor e união.

Eu chego este ano a quase o trigésimo Natal de minha vida, são quase três décadas de natais.
Entre tantos Natais, lembro-me de alguns, na época de Natal, eu morava em um determinado tempo, em Barra de São Francisco, era uma sensação, ir até a  janela e ficar observando as outras casas, quando chegava ao horário da noite, os pisca-piscas brilhando, ficava a escolher qual árvore era a mais linda. Ao passar do tempo, percebi, que a árvore de natal mais linda estava dentro de mim, no meu coração, e que era necessário enfeitá-la com muito carinho, na certeza de que em algum momento da vida, a luzes do pisca-pisca poderão queimar, sofrer danos, mas a essência é nunca deixar de acreditar no brilho lindo desta árvore no interior da gente, jamais deixar de ter fé na energia que alimenta o coração.

Um outro Natal, e este não é apenas de uma determinada época, mas sim de quase todos os Natais que vivi. São os Natais que passei com a família paterna.

Antes ainda pequeno, ficámos no comércio de minha mãe até por volta das vinte duas horas do dia vinte e quatro de dezembro, então após fecharmos a loja, íamos eu, meu irmão, mãe e pai, para o sítio de meu Avô Jove. Viajavamos uma distância de quase sescenta quilômetros. Quando chegava na entrada do Sítio, meu pai parava o carro e como de costume, da forma mais tradicional, cumpri o ritual de soltar dois foguetes para avisar que estava chegando.

Ao chegar, toda família reunida, as crianças correndo, o forró ia até amanhecer, uma alegria e união inconstestável. Falar deste Natal com a família, não tem como não falar de meus avós paternos. Meu Avô, chamado de Juvenal de Freitas, mas conhecido por todos como Senhor Jove, que para mim seria o abreviativo de Jovem. Pois bem, pois meu avô é um jovem senhor de oitenta e sete anos de idade, mas nunca deixou de sorrir e de irradiar alegria, se existe alguém que nos ensinou o valor da alegria, este foi o meu avô. Já minha Avó, chamada de iracy Vitorino, sempre foi o o amor em sua forma mais verdadeira e simples, minha Vó era uma pessoa simples mas de um carinho imenso. Ela , infelizmente já partiu de nosso meio, mas continua viva em nossos corações.

E ela e o meu avô, são os responsáveis do maior presente que eu já recebi dos Natais que vivi, que foi o Amor e a União da Família. Família pode ter qualquer diferença, todos têm suas qualidades e defeitos, mas o Grande Sentido do Natal e de uma Família, é o amor e a união. Em nossa Família, meu Avô e minha Avó, sempre foram símbolos de Amor e União, e este foi o maior legado e e ensinamento, que eles nos deram.

Fazia tempo, que eu não vinha para cá, mas mesmo distante, eu sempre gosto de fechar os olhos, e ficar lembrando dos Natais com minha família. Eu sei que nós os mais jovens, já não somos as crianças correndo, estamos por ai galgando os degraus na escada da vida, rompendo os comos deste espaço chamado existência, nós temos a missão de garantir que o amor e a união continuem como alicerces de nossa família, atravessando as gerações, sejam de primeiro, segundo, terceiro grau. É necessário mantermos brilhando esta estrela que nos une nos torna uma família, ela começou a brilha quando Minha Vó e meu Vô se apaixonaram e formaram esta linda família.

Eu acredito, que o verdadeiro sentido Natal, é justamente esse, o amor e a união, e quando penso em minha família e nos natais que passamos, eu tenho certeza, este é o Natal para mim. É quando eu ainda acredito no Natal.

Queria desejar um Feliz Natal a todos os leitores, que neste Natal, possamos esquecer os presentes e possamos nos abraçar mais, e semear sempre a semente do amor e da união.
Por Luciano Guimarães de Freitas
lucianoprodcultural@gmail.com
Msn: lgf_poeta@hotmail.com

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Delírios do Cotidiano: POMERANAS ESTRADAS

Delírios do Cotidiano: POMERANAS ESTRADAS: POMERANAS ESTRADAS "Uma homenagem a Serra Pelada (Lagoa) - Afonso Cláudio - ES, á ADL, ao Cineclube Lagoa e a todos os alunos da Escola. ...

terça-feira, 22 de novembro de 2011

POMERANAS ESTRADAS


POMERANAS ESTRADAS




"Uma homenagem a Serra Pelada (Lagoa) - Afonso Cláudio - ES, á ADL, ao Cineclube Lagoa e a todos os alunos da Escola. Minha poesia e meu olhar diante do cotidiano deste fim semana neste recanto que tanto encantou."

Pomeranas Estradas

Ah, como são belas
As montanhas e os pontões que apontam para o céu
As paisagens de tela
As cascatas, águas como um véu.

Bom é ter o cheiro do mato
Respirar este ar, tão puro
Correr pelos pastos
Eu me perco, e me procuro...

Óh! Pomeranas Estradas
Jardim de tão bela flor
És tão linda quanto o céu e madrugada
Povo Feliz, um abraço acolhedor...
O dia que surge e a longa estrada diante de meus passos, o coração bate em busca de outros corações, o meu olhar na estrada busca o horizonte de outros olhares e o reflexo de outras vidas além de meu olhar, o olhar de um outro olhar. O olhar é o movimento dos sonhos de nossa alma, sim, o olhar sincero do coração.

A estrada me leva a um vale entre as belas montanhas, recanto de verdes matas, jovens olhares, nascentes de sonhos, novos ares, o conto da história de um povo e a reconstrução em meu imaginário.

Aqui, sinto a pureza do cheiro da terra molhada, posso ver além dos verdes campos, o brilho do olhar pomerano que ilumina a Lagoa, e reluz por Serra Pelada. Estar aqui é descobrir jovens que podem mudar o mundo, podem plantar amor entre os povos e nos mostrar o mapa da paz, nos inspiram no caminho onde se realizam os sonhos, onde os versos são a poesia da vidas, a ousadia de tentar, a irreverência de olhar e buscar o reflexo de outros olhares. E há aquele olhar dos idosos, mas ainda cheio do brilho da juventude, eles inspiram jovens olhares, e nos contam os passos desta estrada palmerana...

A pureza dos sonhos que alimenta a alma. A arte singela da vida, e deixo-me levar pelo imaginário, por cada olhar destas montanhas o canto lindo deste recanto que me encanta.

Por aqui me esqueci das doces lágrimas de minha solidão e me abrasei no olhar de cada jovem, que com a simplicidade de seus passos disseram-me: Não desista dos sonhos, pois os sonhos irrigam o deserto incerto da ilusão, são as doces lágrimas de uma forma bela, que irrigam o sincero sorriso, pulsam as intensas batidas do coração.

Aqui, em Serra Pelada, meu olhar transpassou pelas belas montanhas, foi além do filme na tela e das histórias belas dos delírios da ficção, ou mesmo a intensidade real do documentário.

Pois da flor no jardim, e das belas montanhas e as verdes matas, a paisagem mais bela que vi foi os jovens olhares nos dizendo: Não desista da vida e nem dos sonhos. Tenha a ousadia de lutar, a irreverência de fazer, a doçura de sonhar e uma lúcida loucura de viver.

Não há palavras e versos capazes de confessar a magia do recanto, desta lagoa na estrada pomerana, que surgiu diante de meus passos. 

Ah, quando finda a tarde
E se aproxima a partida
A saudade queima e arde
Levo daqui, o doce sabor da vida.

Por Luciano Guimarães de Freitas
lgf_poeta@hotmail.com
lucianoprodcultural@gmail.com

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Delírios do Cotidiano: NOS PASSOS DE UM ETERNO MENINO...

Delírios do Cotidiano: NOS PASSOS DE UM ETERNO MENINO...: NOS PASSOS DE UM ETERNO MENINO. Eu quero a poesia da vida Ser os versos de um poeta Eu quero sangrar a minha ferida Deixar a porta do cora...

NOS PASSOS DE UM ETERNO MENINO...


NOS PASSOS DE UM ETERNO MENINO.

Eu quero a poesia da vida
Ser os versos de um poeta
Eu quero sangrar a minha ferida
Deixar a porta do coração aberta...


Dizer que preciso de abraços
Quero ainda compor um hino
Compor os passos...
De um eterno menino.



Eu sou o olhar
Na janela de um pobre coração
Eu sou a lágrima correndo para o mar...
Sou o vento frio, da minha solidão.



Quero aprender a sonhar...
Escrever lindas Canções...
Quero o reflexo de um olhar
As batidas de todos os corações.



Sorrir e chorar...
Correr por ai sem destino
Quero aprende a amar
Ser os passos de um eterno menino.
(Luciano G. Freitas)

É mais um dia, um dia daqueles que me pego olhando pela janela do quarto, hoje é um dia de vento frio, vento que me corta a pele e invade o meu coração. Talvez lá, o frio destes ventos da manhã que surge possam encontrar o calor necessário.
Hoje o meu olhar sangra o desejo das palavras de meu solitário coração, vou até o espelho e ainda tento ver se existe mesmo o reflexo do menino e as pegadas dos meus passos na estrada da vida.

Cada vez que eu choro e sofro a desilusão dos meus dias, eu gosto de pensar nos passos do menino que eu vi crescer e se perdeu nos caminhos adiante a infância que se foi um dia. Um dia quando eu cheguei a olhar por esta mesma janela, eu acreditei no sol que nascia no leste de minha emoção e clareava os sonhos de um menino, ao sol posto da infância.
Há dias que eu não escrevo, andei buscando a oração dos sábios como bem definiu um sábio escritor, tal oração esteve no meu silêncio destes dias vividos no tempo determinado de semanas. Hoje quando acordei, eu pensei nos leitores que tem lido os meus textos, escrever tem sido a realização de um sonho, alçar minhas voz e viajar mesmo que pelo surreal da internet até tantos lugares, queria mesmo viajar pelas emoções de tantos corações. E tenho certeza, de que quando falamos das estradas do coração, não há mesmo nenhuma nacionalidade ou diferença de povos, quando olhamos o coração, não somos nem brasileiros, nem argentinos, nem indianos ou holandeses, somos batidas e pulsações e temos as mesmas complexidades. Somos a nota de uma melodia que se chama Ser Humano.

Hoje quando pensei em escrever, eu queria exalar aos quatro cantos do mundo, o perfume de minha poesia e a poesia de meu olhar sob os delírios cotidianos dos passos de um menino, apenas um menino.
Houve dias em que acreditei que eu podia mudar o mundo e colocar o tijolo dos meus sonhos na construção de um mundo melhor, eu li as histórias de grandes homens que tentaram, e fizeram de suas histórias grandes mapas para realização de sonhos e o encontro com a felicidade. Morreram como todo simples mortal, mas continuam vivos os seus sonhos e o que ousou pulsar os seus corações.

Mas descobri que os mesmo que mataram tantos em nossas Guerras Mundiais, estão caminhando para uma Terceira Guerra, os mesmos erros e a mesma ganância. As ditaduras apenas se camuflaram, mas existem. Nós somos os nossos próprios ditadores, covardes com nossos sonhos, atados pela corrente de um mal que consome a nós mesmos. Já não basta morrer as pessoas, nós estamos morrendo onde deveríamos estar sempre vivos...
Por mais que a estrada da vida contenha diversos espinhos e algum cantor continue a cantar músicas tristes, quando eu penso nas pessoas que estão lendo os meus textos, eu penso que até mesmo uma lágrima pode irrigar um sorriso, que já não sou eu que sinto tão sozinho as adversidades e batalhas na estrada da vida, que já não estou tão só na jornada em busca da felicidade e do amor.
Eu tenho resistido à desesperança e a desilusão da vida, quando vejo que a cada manhã,  tornamo-nos tão desumanos, ao deixar de ouvir o canto dos pássaros e contemplar o dia que surge e o balanços dos ventos que balançam as folhas das árvores. Ao deixar de perceber que além de nossas coisas materiais e riquezas pessoais, há lindas e mais valiosas riquezas em nossos corações, onde somos a melodia de uma canção maior e única.

A vida se renova, outros meninos surgem deixando as pegadas de seus passos na existência. Todos nós sonhamos um dia, todos amaram, todos nós perdemos algo importante e pensamos que a vida acabou, todos um dia perguntam o porquê que as pessoas que amamos partem um dia, e porque crianças morrem. Tem de haver um sentido maior na estrada da vida, porque se a vida perde o sentido, da mesma forma que se perdermos o olhar de nosso coração, será mais triste que a morte das crianças. Porque enquanto temos coração, a miséria humana ainda nos comove e nos chorar, quando nos indignamos e nos comovemos e choramos a lágrima do próximo, é porque temos ainda um coração.

Neste dia que surge, deixo-me perder por turbilhões de incertezas e sentimentos, um frio me toma o corpo ao mesmo que a lágrima de um menino se joga nos seus próprios passos, e a mesma lágrima que grita a dor da desilusão da vida, é capaz regar a semente dos sonhos que movem e renovam nas pegadas na estrada. Todos nós temos os nossos caminhos, e tento acreditar que cada um tenha a sua missão divina. Mas me recuso em acreditar nos Dogmas de uma igreja que condenou tantos inocentes e no discurso do homem que deixou de ser a criança correndo para os jardins celestes.
Sim, eu me perco nas palavras da vida, e deixo tantas vezes de ser o eterno menino, e tantas vezes eu sou o Judas Traidor traindo todos os meus sonhos e o brilho do menino, que ao sol posto dos homens, perde o brilho da esperança.
Os sonhos existem para serem como mapas nos momentos de nosso desespero, são como ventos que conduzem o barco de nossas vidas por algum lugar, certo de que os sonhos nos levam aos mares da emoção onde talvez jamais tenhamos navegado. Sim, estes mares de nossos sentimentos mais secretos, onde nasce à paz e os contos de fada, sempre estiveram vivos dentro de nós, mas quase sempre, algum dia, quando nosso menino foi até a janela da humanidade, deixamos por algum raio do sol da vida, de perceber o canto dos pássaros e a assinatura do universo.
Eu sou o eterno menino que morreu um dia quando os sonhos que sonhei perderam a pureza e a simplicidade das batidas de meu coração, eu sangrei e chorei a partida do menino que ao longo dos passos na estrada, sim um dia cresceu. Hoje, quando eu tenho a ousadia de escrever meus delírios confessos e cotidianos, e penso nos leitores que estão lendo os meus textos, eu vejo o eterno menino reabrir os olhos da imaginação e renascer o olhar do coração.
O olhar do coração que se abre diante da janela acende o fogo da esperança e me faz criança, o perfume que exala as palavras de um poeta deseja que o reflexo de meu olhar nos diversos olhares possa reluzir sonhos, sorrisos, lágrimas e o amor entre as pessoas. E busco o mesmo reflexo de todos os olhares no meu olhar, quero mesmo é ouvir e ler também as palavras do silêncio de meus leitores. Quero tanto mais ouvir e sentir as vossas emoções.
Eu sou o eterno menino, e adiante de mim, os passos de um menino que tem a ousadia e valentia de sonhar, de ver nas asas da imaginação o oásis da criança em meio ao deserto da vida. Quero tanto amar quanto desejo ser amado. Eu não quero a cor, a raça, e nem a religião, eu quero o que nos faz ser humanos e nos fazem iguais, isto somente o olhar do coração e os passos de um menino que vive em mim e vive em todos nós, pode ver. 

"Eu quero a simplicidade de vossos olhares, chorar os vossos prantos, mas não quero ser Santo, eu preciso mesmo do vosso abraço e que alguém chore comigo nesta manhã. Eu preciso mesmo aprender o que é o amor e nunca desistir do que é sonho. Por favor, seja o raio de sol na janela do meu menino e não permita mais que ele morra na desilusão desta vida..."



Por Luciano Guimarães de Freitas

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

DOS MAIS ALTOS LUGARES DE MEU CORAÇÃO...

Dos altos lugares de meu coração...

Eu procuro palavras e não as encontro, de repente, eu vejo a vida ao canto dos dias de minha vida, eu queria a poesia da vida e saber as estradas que levam para bem longe da solidão.

Eu vou até a varanda e olho um céu sem estrelas, eu procuro a assinatura do Criador da vida e tento ter fé na felicidade e na realização dos meus sonhos. Mas sinto-me cada vez mais como um simples ponto no universo.

Eu pensei que podia voar, e pulei dos mais altos ares de meus delírios e dos meus sonhos, eu vi as paisagens mais lindas e passei pelas nuvens da ilusão, infeliz, eu tive a queda da realidade sem nenhuma pluma ou travesseiro para cair por cima... A dor da queda foi mortal, quando me olhei e já não mais vi a criança escrevendo poesias e descobrindo a pureza da vida ao brilho posto de um eterno sonhador.

Eu quis o belo sonho do sorriso e amei até mesmo as lágrimas de meu olhar, e do chão que caí, eu olhei para o céu e pedi a Deus um simples abraço ao menos, para que eu pudesse ter paz em meu coração.

Eu vi um olhar e um sorriso, tal qual imaginei um dia, eu desejei dizer as lindas palavras do poeta e viver a emoção de ver alguém sorrindo para mim. Mas ao sol posto eu percebi que ainda estava caído no chão da realidade e que a porta da sala estava fechada, e o frio da noite aumentara mais quando vi ao eu lado a solidão sorrindo.

Sou o desencontro da noite e do sol, o cortante de um tempo que despreza os segundos das batidas de meu coração e que passa sem o tocar do vento recita a minha poesia e leva o meu grito pela  vida.

Eu vou até a varanda e olho o céu sem estrelas, e vejo os cantos dos dias que pensei viver, foram o mais belo vôo da vida, os belos sonhos que sonhei.

Eu ainda lembro que contei os segundos da doce ilusão da vida, eu vi dos ares um lindo amor, uma linda canção e um lindo olhar, eu vi dos ares eternos abraços e um lençol com perfume de mulher, eu vi uma transa surreal e dois corpos tão juntos e apaixonados como a lua e o sol.

Por um momento eu não senti a realidade e o sangue cruel de ser mais uma criança correndo pelas ruas da saudade e correndo na lama da ilusão.

Há um bom tempo deixei o brilho do menino, deixei de acreditar na poesia da vida, há dias eu tenho ido até a varanda e olhado o céu sem estrelas, e me perguntado se Deus me escuta ou se é parte da minha fértil imaginação.

Eu desejei a poesia da vida, quis o doce mel de um beijo, o doce sorriso dos amigos, e os versos de um sonho lindo. Mas quando caí, senti o amargo e frio chão da realidade e senti saudade de quando um dia eu tive coragem de pular, senti saudade dos ares de meus delírios, pensamentos que já não são tão constantes.

Eu pulei dos mais altos lugares de meu coração, sagrado instante de um sonhador, o salto imortal do olhar que vê além do horizonte, além do mar. Eu quis a poesia da vida, os versos de um poeta e o brilho de um eterno menino.

Mas quando chego ao chão frio da realidade, estou crescendo, as roupas da infância já não me servem. Sou homem crescido convivendo com a dureza de ser adulto e não poder chorar.

Certa vez, eu li em um livro sobre um príncipe que perguntou aos reis, o porquê de ensinarem coisas as criancinhas. Eu aprendi cedo demais à poesia da vida e a vida me ensinou tarde demais no chão frio da realidade.

Eu queria poder sonhar o sonho de Deus, ir até a varanda e ver o céu estrelado, acreditar no amor, e ser um jardineiro da vida, cultivando a flor do amor e da esperança, queria a flor mais bela da existência para plantá-la no jardim do meu coração.

Mas ao sol posto, do dia que surge, já não há tempo para brincar, o chão de terra e o meu cavalo, se foram com o tempo da esperança. Já não há sítio, não há praças e nem as brincadeiras do tempo de escola. Somos tão mortais quanto o gosto amargo da realidade. Mortal, eu morro aos poucos, morri muito mais que todos os seres humanos, morri no desengano em busca da poesia da vida, morreu os meus sonhos, o meu brilho e a minha infância.

Morri não de amor... Mas pelo desamor das pessoas que me ensinaram a realidade cruel.

Não há mais tempo, porque o tempo não volta, não retrocede, o tempo segue sempre, e a vida é um espetáculo que não permite ensaios. Eu queria pular tantas vezes pudessem do mais alto lugar de meu coração. Mas o tempo segue, como a lágrima que pula de meu olhar, ela é tão única como eu, tão feliz quanto foi a busca pela poesia da vida, e agora ela cai como “eu” no chão frio da realidade e se evapora como se foi a minha esperança.

Eu vou até a varanda, vejo o céu sem estrelas, hoje se há Deus e alguém além do véu enegrecido da noite, além do fogo da aurora que nasce... Hoje esse "Alguém" me inspirou a saudade dos bons tempos que não voltam, o tempo segue sempre, os bons tempos são como "eu" e a "minha lágrima", ambos se jogam e caiem um dia no frio da saudade, da dura realidade.

Tudo se vai um dia, a saudade que fica aumenta mais, a dor que sinto é voraz e cortante, a solidão que afaga há também de se jogar um dia e tão logo encontrará ao meu lado um chão frio e o silêncio da existência.

E quando eu encontrar o silêncio da vida e encenar o Ato Final do Teatro da Vida, haverá ao meu lado a lembrança do sítio, do meu cavalo, da caneta e do papel.
Levo comigo as palavras que eu escrevi apenas no meu coração e nos mais altos lugares, e deixarei ao canto dos dias vividos, a saudade do que se passou, eu mesmo passei e um dia também não poderei voltar.

Todos nós fechamos os olhos um dia, morremos aos poucos na distância da infância até o último Ato no Teatro da Vida. E quando chegar o momento, talvez o céu além da varanda, esteja estrelado... E no delírio de algum poeta, terei pulado dos mais altos lugares de meu coração... Quando jaz que a terra me cubra e as lágrimas dos poucos que choram possam irrigar-me, terei terminado a mais bela poesia da vida e aprendido o caminho do mais belo jardim da existência.

Por Luciano Guimarães de Freitas

sábado, 29 de outubro de 2011

Delírios do Cotidiano: O VERDADEIRO AMOR.

Delírios do Cotidiano: O VERDADEIRO AMOR.: O VERDADEIRO AMOR. "Minhas palavras ou delírios, não são a leitura do julgamento, jamais aceitarei a idéia de que este texto venha ser um...

O VERDADEIRO AMOR.



O VERDADEIRO AMOR.

"Minhas palavras ou delírios, não são a leitura do julgamento, jamais aceitarei a idéia de que este texto venha ser uma doutrina a ser seguida. Estas palavras são os acordes da melodia de minha inspiração nesta noite de silêncio. Quando eu vou até a varanda, e deixo de olhar para o céu e permito-me olhar para dentro de mim. Quando clamo a luz do Criador para iluminar o meu coração onde nasce meus sonhos, onde a obra de minha poesia e textos e tal como um rio corre para o mar. O mar é o branco do papel.
Eu sou um olhar que busca o reflexo de outros olhares, mas não sou Juiz da Existência e nem tão pouco um liderado das Doutrinas. Eu sou o poeta, que nesta noite, ousou gritar e clamar pelo verdadeiro amor. Hoje, diante da minha perspectiva, meu grito são estas palavras que ecoam de meu silêncio."


É noite, uma noite de silêncio quando até mesmo o canto das cigarras se silencia e nenhum canto ecoa... A única canção que caminha no acorde da melodia desta vida, neste momento insano, é a canção de meu olhar que reflete as palavras de meu coração.

Hoje, meu coração canta o meu amor pela vida que morre aos poucos e a ressurreição da mesma vida que morre no reflexo de meu olhar, ela morre no desamor do homem e renasce onde um Deus único e verdadeiro me faz vivo e lúcido, ao ponto de ver e sentir o verdadeiro amor. Ao ponto de ver que sou tão pequeno diante das belas paisagens que ele criou, e mesmo assim ele tem me amado na mesma intensidade de seu verdadeiro amor.

Não é uma questão de credo ou religião, não é o deus do qual me falaram os homens. É o Deus que existe no vento da existência, e ecoa no canto de meu espírito, onde nasce o amor.

O vazio que existe, é talvez a distância que nos encontramos de Deus, presos no olhar cego de nossas crenças, nossas crenças são mais descrentes que nosso profano julgo diante do pecado. Nossa igreja passou a ser mantos e símbolos, mercados de nossa ignorância. O verdadeiro templo de Deus está no mesmo lugar onde ele nos concede a luz do verdadeiro amor, dentro de nossos corações.

Nós amamos mais a arte do que o pintor, mais a criação do que o criador e nos perdemos nos caminhos de nossos desejos e deixamos de perceber o amor que nos move e nos faz cantar a canção da vida a cada manhã.

Perdemos a capacidade de contemplar o desabrochar das pétalas de uma linda rosa, e ficamos presos aos buquês de flores tão artificiais. Abrimos os olhos toda manhã, respiramos o ar e olhamos as mesmas verdes árvores. Mas deixamos de sentir e amar a vida e passamos a não mais viver pelo amor. Deixamos de ver o mover das folhas e de sentir as brisas que tocam o nosso coração.

O amor é o maior presente do Criador e a palavra de Deus, o amor verdadeiro é o fio de linho que nos liga um ao outro, tal como uma teia invisível que nos une. Nós somos os predadores desta teia quando deixamos de perceber o sentido da criação, que é o amor entre os seres humanos. O verdadeiro amor é o que une a criação ao Criador.

Perdemo-nos ao longo da história, deixamos de contemplar o véu além das estrelas do céu e da constelação da vida, tudo tem um sentido de ser e cada voz desta lindas paisagens canta o amor verdadeiro. As paisagens que Deus criou são pinturas do maior Pintor da Existência, mas tão poucos conseguem enxergar a maior pintura e a mais linda paisagem criada por Deus... Estou certo de que a paisagem mais linda e perfeita que Deus criou não está na imensidão das constelações e nem no azul no mar, a mais bela paisagem não está nas oitavas maravilhas diante de nosso olhar. A mais linda paisagem, a divina pintura do Pintor da Existência está dentro de nós, onde nasce o amor.

Um sábio recitou que o amor é um crime que não se pode cometer sem cúmplice. Mas o amor vai além do julgamento, não é uma lei ou uma imposição, amar não é exigir a reciprocidade de um desejo, da mesma forma que o amor vai além do encontro de dois corpos, o amor maior esta no laço que une o despertar de uma multidão de olhares que se abrem a cada manhã no respirar de nosso corpo físico.

O amor vai além da surrealidade dos poetas, ele surge na pureza do olhar de uma criança e se enlaça no encontro de nossos corações.

No olhar de uma criança, porque o olhar de uma criança tem a pureza e a simplicidade da vida no abraço sem medo da cor ou raça, no correr para algum braço sem desejar dominar ou ser dominado, mas pelo simples fato de poder se abraçar. A criança é a expressão mais próxima do amor de Deus, ser criança é algo talvez incompreensível ao homem do Século XXI e aos Papas do Império, aos autodenominas Ministros do Evangelho. Salvo a generalização, são eles os que se vendem o coração pelo preço do Poder, são tal como os reis que adoram os seus tronos.

A palavra de Deus não está nas doutrinas que deturpam e destorcem a beleza da maior pintura que Deus pintou. Não está nos julgamentos da insanidade humana e nem mesmo nos altares de ouro e nos brasões do império ou dos mantos.

A palavra de Deus, o amor, está no elo de misericórdia que une olhar que vê a simplicidade da vida, está entre o meu olhar e os seus olhares, entre o vento que nos corta os corpos e afaga o espírito... O amor é a condição espiritual que nos une um ao outro e nos leva ao Criador.

Meu pedido ao maior pintor e autor da vida, é para eu possa aprender amar... Que eu possa ser um fio condutor do dom de amar.

Que possa aprender a sonhar o sonho da Criação, e que nesta estrada da vida, os meus passos e meus caminhos encontre a fonte do verdadeiro amor. Que o amor seja tal como o orvalho e eu seja os verdes pastos, possamos nos molhar do verdadeiro amor e sentir o teu suave carinho na folhas verdades de nossas vidas.

Obrigado ao Criador e Autor Supremo do Espetáculo da Vida, por nesta noite que eu caminho por meus delírios insanos e grito alto a dor de ser mais um cego diante do manto dos homens, por nesta noite ouvir o canto de seu amor. Agradeço por estas simples palavras que nascem em meu coração nesta noite, por me fazer acreditar que há além de nossa insanidade, a lucidez de um verdadeiro amor, um amor que nos faz abrir os olhos cada manhã, que nos concede o canto dos pássaros, o olhar da criança e o orvalho sobre os verdes pastos...

Obrigado!

Por Luciano Guimarães de Freitas

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Delírios do Cotidiano: DELÍRIOS INSANOS...

Delírios do Cotidiano: DELÍRIOS INSANOS...: Hoje, é uma daquelas noites, em que eu não sei mesmo o que escrever... Eu busco e encontro tantos pensamentos, ao mesmo que, eu me perco e...

DELÍRIOS INSANOS...



Hoje, é uma daquelas noites, em que eu não sei mesmo o que escrever... Eu busco e encontro tantos pensamentos, ao mesmo que, eu me perco entre todos eles...

Eu ouvi a loucura da vida, e aceitei as teses da evolução, mas cada vez que me evoluo, eu penso que estou em regressão... Pois a evolução é a revolução de mim mesmo, e destruição do que eu acreditei um dia que fosse a criação de um mundo melhor...

É como os sonhos que sonhei que se foram pela ilusão da vida, e a solidão de meus sonhos quando eu mesmo um dia deixei de acreditar que era possível sonhá-los.

Esta noite é assim, tão confusa quanto o meu texto, tão difusa quanto a minha vontade de sair correndo, mesmo que sem direção... Apesar disso, eu ainda acredito que nada é por acaso, e o acaso sempre nos leva a um lugar... E somos guiados por uma força maior que nos levou a nos encontrar e ter um bom papo, e me deixou no banco de qualquer praça a ver passar os olhares e as janelas de muitos corações e pulsações, talvez inúmeros desejos de gritos de liberdade, talvez as muitas picardias de um jovem coração, que se prostituiu na insanidade de que um dia fomos seres humanos.

Ás vezes este acaso me leva a uma praça, são diversos olhares, todo mundo  transa mas não se entrega... Tudo é tão programado pelo prazer apenas de se "comer"... A maioria apenas passa dentro da estética da programação do computador do capitalismo e a certeza de que temos que continuar caminhando, pois os nossos passos fazem o mundo girar... E mesmo ali, ainda consigo ouvir as batidas de nossos corações, sufocados pela pior solidão, a solidão de estar sozinho em meio a tantos outros corações e tantas outras pessoas, de se sentir sozinho em meio à multidão. Na verdade, todos nós gritamos bem alto, mas nem mesmo nos ouvimos mais.

Eu grito, mas ninguém escuta. Eu deito na calçada da vida, e as pessoas passam até mesmo por cima de mim. Eu estendo o abraço e não recebo abraço, eu quero ser beijado, mas já nem mesmo beijo.

Enfim, o meu acaso, me traz para a varanda de onde estou agora... Para contemplar a noite, queria as estrelas, mas daqui, tanta luz pela cidade, que já nem mesmo consigo vê-las... Então bate uma saudade de estar distante da civilização, no meio do mato, no cheiro do mato, deitado sobre a relva contando as estrelas, esperando o cometa da esperança passar para que eu possa tal como o Pequeno Príncipe, voar nas asas deste cometa e realizar os meus sonhos.

Os meus sonhos, eles se perderam juntamente com a infância que os passos nesta vida deixaram nas vírgulas da história de minha vida. Foram lágrimas e sorrisos que se desfizeram a cada partida, a cada vez que eu quis um abraço e me prendi no laço da despedida. Outras tantas vezes, nem sei de que me despedi, mas senti a dor de perder tudo e até mesmo me perder.

Caminhar sem direção, sonhar os sonhos de outros olhares, e ver o mundo por outras janelas que não fossem apenas as janelas de meu coração. Chorar outras lágrimas que não fosse apenas as lágrimas que marcam o meu rosto.

Tudo se resume em querer amar para ser amado, em não ser apenas mais um, e compor a soma de três. Tudo se resume, em ter alguém para também chorar as minhas lágrimas ou ao menos ouvir o meu grito desesperado para que a infância um dia volte, e as estrelas voltem a brilhar no céu de minha emoção.
Está tão escuro, quanto esta noite. Quando se finda à tarde, e cai à noite, com seu véu enegrecido, e sem o manto das estrelas de minha esperança.

Tão logo, finda a tarde... E meu coração bate aflito, como se fosse uma última tarde e fosse um último anoitecer. Como se o amanhã não fosse surgir, no anunciar da aurora, e não houvesse mais novos dias, para que eu pudesse recomeçar a caminhada por esta longa estrada do que chamamos vida.

Um sábio disse que somos crianças brincando no teatro da existência. Já faz muito tempo... Eu deixei de brincar e desaprendi como é ser uma criança... Como é ter a esperança e a pureza de jogar as estrelinhas do mar nas ondas do coração, e esperar as ondas da vida, trazerem de volta as estrelinhas, para então recomeçar e jogar de novo dentro do mar...

Eu sigo na insanidade, de um delírio cotidiano, que se fez poesia no meu grito, que fez obsessão no desejo de ser criança, e não ter evoluído...

Tão logo já finda à tarde
E cai a cortina negra da noite, tão coberta de brilho...
No meu peito, a solidão arde
Sigo o brilho destas estrelas, que iluminam meus trilhos...

Sou tal, como um lobo que sai pela escuridão
E as noites findas...  De meus delírios incessantes
Meus gritos, na batidas de meu coração
Eu, de joelhos aos pés da estrela d’alva mui radiante...

Estrela mãe dos poetas... Que brilha forte,
no findar da madrugada...
Meu gemido pela morte
Que morro aos poucos, nesta longa estrada.

Longa estrada da vida
Que me devora o coração
Que desfere minhas feridas
Que cala a melodia de minha canção.

Sou tal, como o olhar cerrado
A boca que não mais fala
Sou o gemido , agora calado
Sou o sofá, sozinho na sala...

E morro aos poucos... A cada findar de tarde...
O no meu peito... já não sonha
E nem mais arde...

Tal morte, que me devora
Rasga-me o peito, fere-me o coração
Devasta-me ao anunciar da aurora
Quando queimo no fogo da ilusão...

Tal como louco, pela estrada eu corro
Como um louco insano...
A cada passo, eu morro, morro
Morro no desengano...

Desengano...

Eu pensei que podíamos realizar
O sonho profano da felicidade...
Acreditei no amor de algum olhar
Por alguém, eu senti até saudade.

Eu acreditei nas batidas do coração
Me perdi nos caminhos da alma
Eu  não tive no desejo de amor, nem mesmo a solidão
Por onde andas, estrela da esperança, Estrela D'alva...

"Sou tal como a criança, que aos primeiros passos, tem o medo de levantar, ferida pela dor e desesperada por um braço amigo... Mas que ao lugar do leite da madre, recebe o calor do deserto... E os espinhos de uma solidão profunda... Sou tal, como delírios insanos, da poesia que me corrói e grita sangrando em meu peito..."

 Por Luciano Guimarães de Freitas

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

DOIS CAMINHOS...


DOIS CAMINHOS.

As palavras que não disse
Ardem no meu peito
Se escondem no recôndido de minha solidão
Meu corpo sangra, mas alma vive
A vida morre aos poucos, mas o coração ainda bate.

Você foi a virgem que esperei
Eu fui teu homem primeiro
Aindas és o sonho que sonhei
Mas não serei mais teu último HOMEM.

Nossos túmulos serão separados
Nossa cova, distantes
Nosso mundos, dois lados
Dois imensos acasos instantes.

Nosso amor
É como o óbvio de "Nelson Rodrigues"
Nosso amor, único
E duas distintas cruzes...
E o óbvio: duas pontas de  nosso nariz.

Bocas que nunca mais se beijam
E amor, que nunca mais se ama...
Corpos que já não mais se entregam.

Nosso corpo entrelaçado
por nossas pernas...
São corpos sozinhos
São saudades eternas,
carinhos e espinhos...

Nosso amor é um passo
Duas pontas de um laço
E uma encruzilhada de caminhos...
VAI-TE EM PAZ...

Por Luciano Guimarães de Freitas

terça-feira, 18 de outubro de 2011

AQUELE OLHAR...




AQUELE OLHAR...

"Encontros inesperados, costumam nos trazer pessoas especiais." 
(para RFB).


Poderia ter sido mais um dia comum, na correria desta odisséia que me é a vida, estava eu indo para o trabalho, era um dia em que o meu roteiro era algo tão esperado, iria viajar para algumas cidades do interior do Estado do Espírito Santo, buscando novos clientes e novas vendas. Venda é algo complicado, toda a pressão para se obter metas, uma palavra pode mudar os rumos da venda, podemos ter uma boa venda ou perder toda a venda, por conta de uma palavra apenas... Na verdade a palavra é algo tão importante, ela é capaz de nos expressar, ela pode mudar o rumo de uma história. Tão embora, o silêncio ou mesmo um olhar, podem nos dizer mais que mil palavras. Por hoje, palavra se define como algo escrito, mas há palavras ditas no silêncio, no branco do papel, no brilho de um lindo olhar, há palavras que nem mesmo nosso coração é capaz de confessarem, mas elas estão lá, no mais íntimo de nossa alma.

Antes de ir para a Rodoviária, eu teria que passar em uma Empresa, entregaria um currículo, era o sonho de parar de viajar, e ter um destino certo, um trabalho sentado em um escritório, ar condicionado, enfim, não era mesmo o que eu queria, mas fui entregar o tal currículo que segundo eles, é capaz de falar e dizer se “eu” serei um bom funcionário.

Mas de repente, naquela odisséia, de um dia que poderia ser comum, surgiu aquele olhar... Confesso, era um olhar raro, capaz de iluminar todo aquele dia. Um olhar de uma linda mulher, uma canção de mulher. Simples e bela, pura, com a personalidade de uma flor e o brilho de uma estrela.

O olhar, olhar é a janela do coração e a luz da alma. Diz mais que mil palavras, é fonte de esperança e de sonhos. Mas não era apenas um olhar... Havia todo um compor de uma linda canção, era uma linda mulher, capaz de fazer um nobre poeta sonhar os sonhos mais intensos que já sonhou.

Eu senti todo um calafrio, uma vontade de ouvir a voz dela, mas a timidez me continha a apenas olhar, me deleitar com aquele olhar a distância.

Sem perceber, ela já havia mudado o meu dia, havia dado um tom de cores lindas ao preto e branco de meus passos na odisséia de um dia que era tão comum, senão fosse à presença dela.

Encorajei-me, e fui até ela, poderia dizer um “olá, boa tarde, bonito o teu olhar”... Mas as palavras se perderam nos caminhos entre o meu coração e os meus lábios, eu fiquei no silêncio de minha covardia. Enfim, perguntei a ela onde era o ponto que eu deveria desembarcar, como se eu não soubesse o endereço ou não conhecesse a Av. Nossa Senhora da Penha, como a Palma de minha Mão... Mas ainda tive a ousadia, de dizer que o dia era um dia lindo, que eu amava conhecer as pessoas e fazer amizade, e lhe passei o endereço de meu MSN... Já concluso de que ela nem mesmo se lembraria.

Desci do ônibus sentindo-me traído por mim mesmo, eu não só havia traído meu coração poeta, como tudo o que eu acredito. O endereço do meu MSN... Era a pior forma que eu havia encontrado possivelmente, conhecer as pessoas pelo MSN é algo que tenho evitado desde que me entendo por poeta... Pois pelo MSN eu não iria poder contemplar aquele olhar, as palavras sem aquele olhar seriam tão vazias e sem melodia. Eu poderia ao menos ter pedido gentilmente o número do telefone dela, daí poderia ouvir a sua voz, poderia ter dito, que unicamente em toda a minha vida, alguém sem mesmo que eu conhecesse, com um único olhar, havia feito as batidas de meu coração pulsarem no compasso de delírios tão  intensos e viajarem pelo desejo ardente, como um poeta que encontra na solidão um diálogo com a vida. Sim, ela sem saber, invadiu-me o coração e inspirou-me lindos sonhos. Abrasou-me a solidão de minha vida, sem ao menos pedir permissão.  O dia se seguiu, e desde então, tenho me perguntado, se algum dia eu verei aquele olhar novamente...

Queria eu poder encontrar aquele olhar, queria eu pode enxugar as lágrimas que chorará um dia, ou mesmo sentir o calor de sua luz outras tantas vezes. Eu daria toda a minha obra e poesia, pela presença constante daquele olhar, para pode ler todas as palavras, sonetos e poemas daquele olhar. Queria eu ter aquela linda canção de mulher, nos acordes de minhas noites, me banharia no suor dela, tomaria do néctar de seus lábios, e teria as mãos dela presas em minhas costas. O corpo dela junto ao meu, poderia sentir o coração dela bater e buscar no compasso de suas batidas um diálogo com o meu coração poeta. Sim, aquela linda mulher, sem saber, com o seu olhar, se tornou fonte destes meus delírios cotidianos...

Hoje, eu ouvi uma frase, que resume o encontro de um nobre poeta com um lindo olhar e uma linda canção de mulher.

“Encontros inesperados, costumam nos trazer pessoas especiais...”

Ah, se ela pudesse ouvir o canto de meus sonhos, e as batidas de meu coração poeta... Aquele olhar viria como uma estrela a iluminar minha noite. Eu, poeta que sou, tal como um lobo, uivo noite afora, a espera que ela seja o luar que desejo incessantemente...
Encontros inesperados nos trazem sempre, pessoas especiais...

Por Luciano Guimarães de Freitas

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Delírios do Cotidiano: NAVEGANTES ...

Delírios do Cotidiano: NAVEGANTES ...: Hoje, são mais intensos Os meus delírios... São lindos os meus pensamentos, Assim como os lírios. É das grades da solidão...

Delírios do Cotidiano: NAVEGANTES ...

Delírios do Cotidiano: NAVEGANTES ...: Hoje, são mais intensos Os meus delírios... São lindos os meus pensamentos, Assim como os lírios. É das grades da solidão...

NAVEGANTES ...




Hoje, são mais intensos
Os meus delírios...
São lindos os meus pensamentos,
Assim como os lírios.

É das grades da solidão
Que tiro tal beleza tão bela
É de dentro de mim que brota tal inspiração
Tendo a loucura com a “central esfera”.

Louco somos nós!
Navegantes destes mares da mente
Loucos somos nós...
Loucos e irreverentes...
Neste mar, busco me humanizar
Plantar estrelas e semear luas...
Poetizar...
De forma franca e nua.

Já não há cárcere,
Sou livre!

Livre dentro de mim
Sou vento entre grilhões
Palavras que me fascinam assim...
Abraça e acaricia os corações...

Cada consoante, ou vogal
São tão importantes...
Que em suas convergências, não há nada igual.

O que é indescritível
Mil palavras, incapazes de decifrar
É como a borboleta, tão linda e sensível
E vai além das estrelas e do luar.

E de repente,
Sem passos e batalhas
Vestido da fé e poesia de minha mente
Sem fios e navalhas,
Sou livre!... Livre novamente.

Livre para ir a praia passear
E vou...
Vejo as ondas trazerem estrelinhas do mar
Tudo continua. Só eu que não sou...
Jamais serei o mesmo, no compor deste meu sonhar.

Sou navegante do horizonte
Viajante de lugar nenhum
Há hoje, mais ontem do que ante ontem
Lugar nenhum...

Lugar nenhum  no meio do nada
Minha princesa...
Prepare-se! É longa esta estrada...
Mas de irreverente e rara beleza.

Um trago no cigarro, pão, leite e café
Uma pausa... Precisamos descansar,
Fortalecer a nossa fé
De que este dia, um dia há de chegar...

Enquanto isso...
O Sonho continua...
E nós dormimos.

Somos crianças
Na esperança
desta existência chamada vida.

Somos navegantes
Destes mares da mente
Estrela D'alva! Tão radiante...
Mãe dos poetas! E tão irreverente.

Por Luciano Guimarães de Freitas