APRESENTAÇÃO


Crônicas e poesias, inspirações de meu olhar sob o cotidiano, de autoria dos meus delírios confessos.

Meu olhar no reflexo da vida...

Boa leitura...

"Nada sou, senão passos nesta estrada da vida. Me banho no rio da vida, onde curo minhas intensas feridas. Eu canto a vida com muito encanto, sem medo do desencanto, eu vivo a vida e viver eu amo tanto... Sou um desencontro de acasos enganos."

"No compor do universo, sou apenas mais uma melodia, sou autoria de um compositor supremo... DEUS."

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terça-feira, 29 de maio de 2012

Delírios do Cotidiano: O MOMENTO DA PARTIDA...

Delírios do Cotidiano: O MOMENTO DA PARTIDA...: O MOMENTO DA PARTIDA... (dedicado aos amigos, à família e a todo movimento cineclubista capixaba) É madrugada do dia 30 de mai...

O MOMENTO DA PARTIDA...


O MOMENTO DA PARTIDA...
(dedicado aos amigos, à família e a todo movimento cineclubista capixaba)



É madrugada do dia 30 de maio de 2012, eu aqui encontro com o mais sincero de mim quando já não imagem mais bela do que a paisagem de meus sonhos que reluzem no brilho de meus olhos. Hoje, é um momento tão meu contido de uma solidão tão bela.

Estou na contagem regressiva aguardando o raiar do dia que se aproxima, quando novamente tomarei a estrada adiante de meus passos na busca incansável pelo horizonte dos dias vindouros. Na busca incessante pelo melhor de mim e a construção da paz no meu peito, certo eu, que o sentimento que me conduz e faz-me incessante no lapidar de meus dias, é justamente o que me perturba e os questionamentos ou dúvidas que permeiam minha mente trovejante.

Já faz algum tempo, que estou por aqui, regenerando das feridas de meus passos e reconstruindo um novo olhar diante do reflexo de minha face que antes chorava e agora está a sorrir. Deixo tão logo a capital de Vitória, e sigo para o interior, um pequeno Município chamado por Águia Branca, no noroeste capixaba.

Cidadezinha incomum, colonizada as margens do Rio São José, inicialmente pelos imigrantes poloneses. O que dizer? Em um tempo de minha adolescência, fui adotado por Águia Branca, onde mesmo não tendo crescido na infância pelos teus solos, vivi bons momentos de minha vida por quase uma década, no fase saudosa de minha adolescência.

O que dizer? Confesso que nos últimos anos me perdi no palco da vida, silenciei algumas de minhas falas na trama da existência, sofri com a solidão de ter me abandonado no frio de um vazio tão meu. No entanto, como um guerreiro ressurgi diante do levante de minha alma poeta que inspirou-se no poema mais intenso para seguir um caminho no mais profundo do coração...

No coração tenho descoberto as mais belas paisagens e os mais intensos caminhos por onde ousei caminhar. Não envergonho do que eu fui, do que fui tive apenas medo. Hoje me orgulho do eu sou e sonho com o melhor de mim.

Agora que tomo a estrada novamente, trago ainda maior a minha garra e vontade, meu olhar diante da imagem em movimento, é um filme cujo eu sou o autor de minha história, inspirado a luz do Criador.

Se levar, levo minha poesia, alguns bons filmes e bons livros. Se levar, levo comigo meu coração cineclubista, na luta incessante pelo acesso ao cinema na expressão mais popular da arte. O cinema como formação não só do público, mas na formação e desenvolvimento para além do ser humano. Sim, a construção de uma sociedade justa e a possibilidade da dignidade de vida para todos. Pela formação de uma juventude mais crítica, mais participativa no desenvolvimento humano, cultural e social.

Ah se levar, levo a saudade dos amigos que me foram alicerces no meu recomeço na escada da vida.  Dos tantos outros que surgiram ao passo pelos degraus e àqueles que incentivaram mesmo aos gritos distantes. Certo eu, de que apenas estou começando... Há muita estrada para seguir ainda. Que o cair seja para o aprendizado e o levantar para o meu crescimento.

“Serei sempre o eterno menino correndo pela estrada da vida... Seguindo sempre”...

O vento entra pela porta da sala
Talvez a solidão pedindo passagem...
No chão, está pronta a minha mala,
Esperado, o momento da viagem.

Tomo os ares...
Dos ventos de minha alegria
Despedindo daqui e dos bares
Com a mais sincera e simples poesia.

Se eu levo, levo a saudade
Do porto, do mar...
Levo os momentos de amizade...
Das belas paisagens no reflexo de meu olhar.

Tomo a estrada...
Sem medo do destino,
Vou cantando as serenatas
De um eterno menino.

As lágrimas que toma meu olhar
São de minha mãezinha e do seu carinho
Ela olhando pela janela, não consegue nem falar...
Mas ela compreende que tenho de seguir o meu caminho.

Meu pai, que me ensinou a poetizar
Esconde os seus olhos, mas sei que estás a chorar...
Cabeça erguida... Sinceridade no olhar,
Sei que lá dentro do seu quarto, por mim estás a orar.

Os laços de amizade
E o amor de nossos pais...
São laços de eterna saudade...
Sentimentos que não esqueço jamais.

Se sigo agora,
Espero voltar...
Parto ao raiar na aurora
E na lua cheia, hei de voltar.

Virei declamando a minha poesia
Com a certeza de cumprida minha missão...
Voltarei com a mesma alegria...
Deste dia que eu parto, seguindo a estrela guia de meu coração.


“O sonho apenas será utopia, quando deixarmos de acreditar.”

Por Luciano Guimarães de Freitas
Poeta, Cineclubista, Sonhador...