APRESENTAÇÃO


Crônicas e poesias, inspirações de meu olhar sob o cotidiano, de autoria dos meus delírios confessos.

Meu olhar no reflexo da vida...

Boa leitura...

"Nada sou, senão passos nesta estrada da vida. Me banho no rio da vida, onde curo minhas intensas feridas. Eu canto a vida com muito encanto, sem medo do desencanto, eu vivo a vida e viver eu amo tanto... Sou um desencontro de acasos enganos."

"No compor do universo, sou apenas mais uma melodia, sou autoria de um compositor supremo... DEUS."

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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

DELÍRIOS INSANOS...



Hoje, é uma daquelas noites, em que eu não sei mesmo o que escrever... Eu busco e encontro tantos pensamentos, ao mesmo que, eu me perco entre todos eles...

Eu ouvi a loucura da vida, e aceitei as teses da evolução, mas cada vez que me evoluo, eu penso que estou em regressão... Pois a evolução é a revolução de mim mesmo, e destruição do que eu acreditei um dia que fosse a criação de um mundo melhor...

É como os sonhos que sonhei que se foram pela ilusão da vida, e a solidão de meus sonhos quando eu mesmo um dia deixei de acreditar que era possível sonhá-los.

Esta noite é assim, tão confusa quanto o meu texto, tão difusa quanto a minha vontade de sair correndo, mesmo que sem direção... Apesar disso, eu ainda acredito que nada é por acaso, e o acaso sempre nos leva a um lugar... E somos guiados por uma força maior que nos levou a nos encontrar e ter um bom papo, e me deixou no banco de qualquer praça a ver passar os olhares e as janelas de muitos corações e pulsações, talvez inúmeros desejos de gritos de liberdade, talvez as muitas picardias de um jovem coração, que se prostituiu na insanidade de que um dia fomos seres humanos.

Ás vezes este acaso me leva a uma praça, são diversos olhares, todo mundo  transa mas não se entrega... Tudo é tão programado pelo prazer apenas de se "comer"... A maioria apenas passa dentro da estética da programação do computador do capitalismo e a certeza de que temos que continuar caminhando, pois os nossos passos fazem o mundo girar... E mesmo ali, ainda consigo ouvir as batidas de nossos corações, sufocados pela pior solidão, a solidão de estar sozinho em meio a tantos outros corações e tantas outras pessoas, de se sentir sozinho em meio à multidão. Na verdade, todos nós gritamos bem alto, mas nem mesmo nos ouvimos mais.

Eu grito, mas ninguém escuta. Eu deito na calçada da vida, e as pessoas passam até mesmo por cima de mim. Eu estendo o abraço e não recebo abraço, eu quero ser beijado, mas já nem mesmo beijo.

Enfim, o meu acaso, me traz para a varanda de onde estou agora... Para contemplar a noite, queria as estrelas, mas daqui, tanta luz pela cidade, que já nem mesmo consigo vê-las... Então bate uma saudade de estar distante da civilização, no meio do mato, no cheiro do mato, deitado sobre a relva contando as estrelas, esperando o cometa da esperança passar para que eu possa tal como o Pequeno Príncipe, voar nas asas deste cometa e realizar os meus sonhos.

Os meus sonhos, eles se perderam juntamente com a infância que os passos nesta vida deixaram nas vírgulas da história de minha vida. Foram lágrimas e sorrisos que se desfizeram a cada partida, a cada vez que eu quis um abraço e me prendi no laço da despedida. Outras tantas vezes, nem sei de que me despedi, mas senti a dor de perder tudo e até mesmo me perder.

Caminhar sem direção, sonhar os sonhos de outros olhares, e ver o mundo por outras janelas que não fossem apenas as janelas de meu coração. Chorar outras lágrimas que não fosse apenas as lágrimas que marcam o meu rosto.

Tudo se resume em querer amar para ser amado, em não ser apenas mais um, e compor a soma de três. Tudo se resume, em ter alguém para também chorar as minhas lágrimas ou ao menos ouvir o meu grito desesperado para que a infância um dia volte, e as estrelas voltem a brilhar no céu de minha emoção.
Está tão escuro, quanto esta noite. Quando se finda à tarde, e cai à noite, com seu véu enegrecido, e sem o manto das estrelas de minha esperança.

Tão logo, finda a tarde... E meu coração bate aflito, como se fosse uma última tarde e fosse um último anoitecer. Como se o amanhã não fosse surgir, no anunciar da aurora, e não houvesse mais novos dias, para que eu pudesse recomeçar a caminhada por esta longa estrada do que chamamos vida.

Um sábio disse que somos crianças brincando no teatro da existência. Já faz muito tempo... Eu deixei de brincar e desaprendi como é ser uma criança... Como é ter a esperança e a pureza de jogar as estrelinhas do mar nas ondas do coração, e esperar as ondas da vida, trazerem de volta as estrelinhas, para então recomeçar e jogar de novo dentro do mar...

Eu sigo na insanidade, de um delírio cotidiano, que se fez poesia no meu grito, que fez obsessão no desejo de ser criança, e não ter evoluído...

Tão logo já finda à tarde
E cai a cortina negra da noite, tão coberta de brilho...
No meu peito, a solidão arde
Sigo o brilho destas estrelas, que iluminam meus trilhos...

Sou tal, como um lobo que sai pela escuridão
E as noites findas...  De meus delírios incessantes
Meus gritos, na batidas de meu coração
Eu, de joelhos aos pés da estrela d’alva mui radiante...

Estrela mãe dos poetas... Que brilha forte,
no findar da madrugada...
Meu gemido pela morte
Que morro aos poucos, nesta longa estrada.

Longa estrada da vida
Que me devora o coração
Que desfere minhas feridas
Que cala a melodia de minha canção.

Sou tal, como o olhar cerrado
A boca que não mais fala
Sou o gemido , agora calado
Sou o sofá, sozinho na sala...

E morro aos poucos... A cada findar de tarde...
O no meu peito... já não sonha
E nem mais arde...

Tal morte, que me devora
Rasga-me o peito, fere-me o coração
Devasta-me ao anunciar da aurora
Quando queimo no fogo da ilusão...

Tal como louco, pela estrada eu corro
Como um louco insano...
A cada passo, eu morro, morro
Morro no desengano...

Desengano...

Eu pensei que podíamos realizar
O sonho profano da felicidade...
Acreditei no amor de algum olhar
Por alguém, eu senti até saudade.

Eu acreditei nas batidas do coração
Me perdi nos caminhos da alma
Eu  não tive no desejo de amor, nem mesmo a solidão
Por onde andas, estrela da esperança, Estrela D'alva...

"Sou tal como a criança, que aos primeiros passos, tem o medo de levantar, ferida pela dor e desesperada por um braço amigo... Mas que ao lugar do leite da madre, recebe o calor do deserto... E os espinhos de uma solidão profunda... Sou tal, como delírios insanos, da poesia que me corrói e grita sangrando em meu peito..."

 Por Luciano Guimarães de Freitas

6 comentários:

  1. Oi, parabéns pela iniciativa Luciano!
    Seu texto é bom.
    Sempre que possível passarei para prestigiar o seu trabalho.
    Abrç
    Alexandra

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  2. Texto escrito com a alma, sincero e autentico. Muito bom mesmo. Parabéns !!


    Renata Vial.

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  3. Luciano Querido ,

    De fato, nada acontece por acaso. Eu acredito nisso. Podemos não compreender o que está por trás disso tudo ...ou os porquês ... mas é tão gostoso constatar que nada ...nada acontece por acaso... também é tão gostoso tentar desvendar esse mistério.
    Te adoro, parabéns pelo texto. Deu vontade de ficar na varanda contigo. Saudades.

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  4. Marilia Henrique de Oliveira Terrão25 de outubro de 2011 às 07:33

    Oi Luciano,
    Parabéns! Você tem talento e uma alma sensivél.Não desista de seu sonho... O simples fato de você fazer, o que nasceu pra fazer, já é pura poesia, a mais bela poesia... Criada pelo poeta por excelência, Deus.

    Abraços, Marilia.

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  5. bonito mas muito triste; um tom de lamento e desesperança; boas comparações, mas tal como a criança e o adolescente tem serias dificuldades de ver o futuro ou de se sentir parte da construção dele.
    continue expressando suas emoções sempre e continuamente, isso nos dá ansia de viver mais intensamente
    beijos
    eduardo - carioca

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  6. ei Luciano
    Parabéns,muito bom seus textos
    adorei
    Beijos
    Alline Rodrigues

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