APRESENTAÇÃO


Crônicas e poesias, inspirações de meu olhar sob o cotidiano, de autoria dos meus delírios confessos.

Meu olhar no reflexo da vida...

Boa leitura...

"Nada sou, senão passos nesta estrada da vida. Me banho no rio da vida, onde curo minhas intensas feridas. Eu canto a vida com muito encanto, sem medo do desencanto, eu vivo a vida e viver eu amo tanto... Sou um desencontro de acasos enganos."

"No compor do universo, sou apenas mais uma melodia, sou autoria de um compositor supremo... DEUS."

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sexta-feira, 30 de março de 2012

DOMINADORES E DOMINADOS.






DOMINADORES E DOMINADOS.

O que falar quando o homem paira a insanidade de sua ganância, é tão inescrupuloso persuadir a sobrevivência e alienar a vida pelo ópio do domínio social sem visualizar os menos favorecidos.

O que dizer da grandeza de uma bandeira e nação quando ela é composta por grandes e pequenos e como definir os grandes se eles diante do sinônimo de humanidade são tão pequenos se perpetuando por dominadores insanos que dominam aqueles que na cadeia capitalista tornam-se tão desfavorecidos de condições humanas.

Como conjugar nação e povo, quando o povo é esquecido e de certo não está incluso nas estrelas de nossa bandeira, pensar assim é pensar mesmo que já não somos povos, mas alicerces forjados deste domínio que nos esquece.

Eu choro a dor de ser humano e ser parte desta sociedade de animais irracionais, quando eu olho as terras de meu país e mundo, e vejo crianças perdidas colhendo da miséria e fome para dar frutos de poder e riquezas aos dominadores da raça humana. Eu sangro o meu coração quando sinto os sentimentos ressentidos de ver ainda seres esquecidos nas vielas e becos de nossas civilizações.

Como ter fome e se alimentar quando penso que tantos outros não podem ter o alimento digno e como ter excitação quando penso nas crianças que são abusadas nas esquinas, quantas flores já não são flores e quantos bosques já não tem vida?

Desejo mesmo morrer para esta vida quando eu vejo que a vida nesta terra é desamor, por onde andas amor?

Quando penso na realidade de nossos dias, prefiro ser louco e não ter consciência exata do que somos nós denominados “homos sapiens”.

Há de existir um dia, quando recobrarmos nossa sanidade e descobrimos que o verso humanidade é algo maior do que o nosso olhar no espelho que apenas nos reflete. Que ser humano é contemplar a vida e ser vida para todos.

Haverá um dia em que o povo será um só povo e o novo será o ressurgir e reconstrução do que hoje alienados pensamos ser humano. Então não haverá fronteiras, e haverá alimento para todos. O homem tomará conta de suas crianças, as crianças serão os nossos professores e nos ensinaram a pureza do amor, a simplicidade da vida e o canto da esperança.

O jovem terá recebido a formação humana desde suas bases familiares que não serão dominadas pelo ópio do pecado de ser homem. E neste dia não haverá dominadores e nem dominados, mas haverá um povo.

A nação e raça não serão pautadas na divisão de fronteiras, sim, a nação será só uma e a raça o encontro da diversidade cultural da humanidade. Haverá amor, respeito ao próximo, e seremos mais humanos.

Neste dia terei orgulho de dizer que sou ser humano, e orgulho de ser humano. Quando eu puder olhar a criança correndo pelos campos de girassóis e poder sentir o perfume das rosas exalarem o seu canto com o encanto espiritual de existir para “servir um ao outro”.

Neste dia, haverá paz sem precisar de guerras, abraços sem depender do purgatório da solidão. Pois iremos desejar nos abraçar apenas pelo sinônimo de ser um só povo e uma só nação.

Haverá um minuto de silêncio, como uma homenagem aos que um dia sofreram e não puderam usufruir do amor humano, daqueles que morreram sem poder ver o sonho de um mundo melhor, mas que tiveram até o último suspiro de vida a fé e esperança.

E o sonho não será uma apologia ao ideal, seremos apenas seres sonhando e contemplando a vida da forma mais simples e amorosa, ponderados na união dos seres humanos e na busca de sermos uma só nação, uma nação livre. Quando a liberdade será verdade refletida no brilho de nossos olhos, sem esta prisão do sistema que nos aliena, domina e nos prende.

Todos nós teremos estudos, todos terão alimento, e todos teremos iguais oportunidades. Sim, neste dia não haverá nem dominadores e nem dominados, haverá seres humanos.

“Quando dominamos o outro para sermos grandes, somos dominados pela pequenez de nossos atos.”

29 de março de 2012, Vitória - ES.

Por Luciano Guimarães de Freitas.
Poeta, Cineclubista.
Contatos:
lucianoprodcultural@gmail.com
lgf_poeta@hotmail.com


Um comentário:

  1. Cabe-nos buscar novos caminhos para romper com as amarras da ilusão de uma sociedade igualitária e um “pais de todos”. Vencer esta utopia e analisar os percalços da tradição liberalista de raízes oligárquicas é o primeiro passo para a transformação social, Pois assim diminui o risco de reproduzir antigos equívocos.

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