APRESENTAÇÃO


Crônicas e poesias, inspirações de meu olhar sob o cotidiano, de autoria dos meus delírios confessos.

Meu olhar no reflexo da vida...

Boa leitura...

"Nada sou, senão passos nesta estrada da vida. Me banho no rio da vida, onde curo minhas intensas feridas. Eu canto a vida com muito encanto, sem medo do desencanto, eu vivo a vida e viver eu amo tanto... Sou um desencontro de acasos enganos."

"No compor do universo, sou apenas mais uma melodia, sou autoria de um compositor supremo... DEUS."

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sábado, 24 de dezembro de 2011

O MEU NATAL.


O MEU NATAL...

Tão logo nos chega uma das datas mais comemoradas do ano, a Noite de Natal. São corais, festas e reuniões de família e um dos momentos mais esperados pela criançada, os presentes. Eu tento por aqui, sentado na varanda, escrever algo que expresse meu sentimento sobre o Natal e convidar os leitores através de minhas palavras e do olhar de meu cotidiano à caminharem por um Natal diferente.

Por incrível que pareça quando chega o Natal eu me divido entre a alegria e a tristeza, eu percebo que nós fomos alienados dentro de uma sociedade de consumo, e é nisto que o Natal se tornou, a data dos presentes, quem não pode comprar o presente ou mesmo quem não ganha é ferido pelo sistema e auto se julga infeliz.
Antes de continuar, confesso que faz dias que venho pensando neste Texto de Natal, isto porque, sei que inúmeros outros já trataram deste tema do Natal quanto aos seus valores.
Quando permito-me libertar e vou contra o conceito de consumo e dos presentes, eu penso nas tantas crianças que esperam o presente no Natal, mas que pela injustiça social do sistema, a cada noite de Natal é um corte da lâmina da vida nos sonhos e na esperança. Até que ao passar dos anos um dia talvez já tenham aceitado a realidade e perdido a perspectiva da vida.

Como posso me sentir feliz, se tantos outros não se sentem, se nem toda mesa tem uma ceia, um panetone, ou mesmo além dos presentes nem todos possuem uma árvore de natal. Não é só o brilho dos pisca-piscas que já não existe em muitos lares, mas aquela árvore de natal que está no recanto do coração, talvez ao longo dos anos e das batalhas desta vida, sim, também não esteja tão enfeitada.

Conta a história de que nesta mesma data em que comemoramos o Natal, nasceu um menino chamado Jesus, que viveu a vida plena do amor ao próximo, e morreu para salvar a humanidade. Este sentido do amor é o sentido maior do Natal.

Então, queria tornar este texto mais pessoal, e utilizar alguns momentos marcantes de minha vida para retratar como o Natal para mim sempre foi o sinônimo de amor e união.

Eu chego este ano a quase o trigésimo Natal de minha vida, são quase três décadas de natais.
Entre tantos Natais, lembro-me de alguns, na época de Natal, eu morava em um determinado tempo, em Barra de São Francisco, era uma sensação, ir até a  janela e ficar observando as outras casas, quando chegava ao horário da noite, os pisca-piscas brilhando, ficava a escolher qual árvore era a mais linda. Ao passar do tempo, percebi, que a árvore de natal mais linda estava dentro de mim, no meu coração, e que era necessário enfeitá-la com muito carinho, na certeza de que em algum momento da vida, a luzes do pisca-pisca poderão queimar, sofrer danos, mas a essência é nunca deixar de acreditar no brilho lindo desta árvore no interior da gente, jamais deixar de ter fé na energia que alimenta o coração.

Um outro Natal, e este não é apenas de uma determinada época, mas sim de quase todos os Natais que vivi. São os Natais que passei com a família paterna.

Antes ainda pequeno, ficámos no comércio de minha mãe até por volta das vinte duas horas do dia vinte e quatro de dezembro, então após fecharmos a loja, íamos eu, meu irmão, mãe e pai, para o sítio de meu Avô Jove. Viajavamos uma distância de quase sescenta quilômetros. Quando chegava na entrada do Sítio, meu pai parava o carro e como de costume, da forma mais tradicional, cumpri o ritual de soltar dois foguetes para avisar que estava chegando.

Ao chegar, toda família reunida, as crianças correndo, o forró ia até amanhecer, uma alegria e união inconstestável. Falar deste Natal com a família, não tem como não falar de meus avós paternos. Meu Avô, chamado de Juvenal de Freitas, mas conhecido por todos como Senhor Jove, que para mim seria o abreviativo de Jovem. Pois bem, pois meu avô é um jovem senhor de oitenta e sete anos de idade, mas nunca deixou de sorrir e de irradiar alegria, se existe alguém que nos ensinou o valor da alegria, este foi o meu avô. Já minha Avó, chamada de iracy Vitorino, sempre foi o o amor em sua forma mais verdadeira e simples, minha Vó era uma pessoa simples mas de um carinho imenso. Ela , infelizmente já partiu de nosso meio, mas continua viva em nossos corações.

E ela e o meu avô, são os responsáveis do maior presente que eu já recebi dos Natais que vivi, que foi o Amor e a União da Família. Família pode ter qualquer diferença, todos têm suas qualidades e defeitos, mas o Grande Sentido do Natal e de uma Família, é o amor e a união. Em nossa Família, meu Avô e minha Avó, sempre foram símbolos de Amor e União, e este foi o maior legado e e ensinamento, que eles nos deram.

Fazia tempo, que eu não vinha para cá, mas mesmo distante, eu sempre gosto de fechar os olhos, e ficar lembrando dos Natais com minha família. Eu sei que nós os mais jovens, já não somos as crianças correndo, estamos por ai galgando os degraus na escada da vida, rompendo os comos deste espaço chamado existência, nós temos a missão de garantir que o amor e a união continuem como alicerces de nossa família, atravessando as gerações, sejam de primeiro, segundo, terceiro grau. É necessário mantermos brilhando esta estrela que nos une nos torna uma família, ela começou a brilha quando Minha Vó e meu Vô se apaixonaram e formaram esta linda família.

Eu acredito, que o verdadeiro sentido Natal, é justamente esse, o amor e a união, e quando penso em minha família e nos natais que passamos, eu tenho certeza, este é o Natal para mim. É quando eu ainda acredito no Natal.

Queria desejar um Feliz Natal a todos os leitores, que neste Natal, possamos esquecer os presentes e possamos nos abraçar mais, e semear sempre a semente do amor e da união.
Por Luciano Guimarães de Freitas
lucianoprodcultural@gmail.com
Msn: lgf_poeta@hotmail.com

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